Black Friday esmagado pelo Covid 19
PROMOÇÃO. O fenómeno que habituou o mundo ocidental a imagens de filas e amontoados de gente desejosa por comprar a desconto registou imagens muito diferentes neste ano muito diferente.
Em 2020 nada ou muito pouco foi o mesmo e a esperança dos gigantes do comércio mundial no Black Friday como o pico de vendas a nível mundial, não deixou também de frustrar espectativas. Os lojistas já reportam menos 52% de clientes e o saldo total ainda não foi apurado.
No ano passado, o dia de saldos que tradicionalmente representa a abertura da época de compras de Natal, e que os retalhistas aproveitam para atrair milhões de clientes com promoções e descontos de vários tipos, rendeu perto de 12 mil milhões de USD nos EUA e perto de 7 mil milhões de libras no Reino Unido que lidera as compras europeias. Um aumento de 19% em relação a 2018.
As imagens de filas às cinco da manhã à porta de lojas de departamento como os Harrods na Inglaterra ou o Macy’s nos EUA são icónicas de um dia que todos os anos vê tumultos entre clientes que açambarcam produtos e lutam entre si pelos melhores descontos. Imagens que têm tido impacto na redução das compras presenciais para favorecer as compras online que aproveitam as mesmas promoções sem os ajustamentos físicos. No ano passado, dos perto de 12 mil milhões de USD gerados nos dois dias em que decorrem as promoções do Black Friday 7.4 mil milhões foram facturados em vendas online. As vendas via telemóvel registaram aumentos de 35% e o e-commerce aumentou 65% em relação ao ano anterior. Este ano as vendas online cresceram mais de 21% para os nove mil milhões de USD.
Já no ano passado as visitas presenciais a lojas durante o tradicional Black Friday viram um recuo de 6.2% antes do Covid 19 vir desaconselhar visitas a espaços fechados desnecessárias por receio de contágio. Muitos grandes grupos desdobraram as promoções do Black Friday para mais dois ou três dias evitando assim ajuntamentos desaconselháveis e uma outra tendência que aumentou durante este ano e que já se fazia sentir é também a das compras por proximidade e nos pequenos retalhistas num incentivo aos pequenos produtores e lojistas em detrimento das grandes superfícies e grandes grupos. Esta tendência registou este ano um aumento de perto de 40%.
A liderar as vendas deste Black Friday estiveram as consolas de jogos, os smartphones e as Televisões.
O dia acção de Graças nos EUA, um dia de compras que tradicionalmente movimenta perto de 85 milhões de pessoas só nos EUA tem as suas origens em 1952 e foi adoptado como o dia de compras por excelência a nível mundial.
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