BNA admite que Grupo Carrinho pode tornar-se accionista do banco Keve
Banca. Banco Nacional de Angola não teve sempre o mesmo entendimento sobre a ‘tomada de assalto’ do Banco Keve pelo grupo Carrinho e não fundamenta o que o fez mudar de opinião. Regulador chumbou a primeira tentativa de o grupo financiar o banco em nome do empresário Rui Campos.
O grupo Carrinho, o conglomerado de Benguela conhecido por ter registado um crescimento sem precedentes na ‘Era João Lourenço’, está próximo de confirmar a posição de accionista de mais uma instituição bancária, no caso, o Banco Keve.
A garantia é do próprio órgão regulador, o Banco Nacional de Angola (BNA), que justifica a previsível alteração de ‘estatuto’ do grupo no banco com os 10 mil milhões de kwanzas que a Carrinho aplicou no Keve em 2022, em nome de Rui Campos, o accionista maioritário e presidente da instituição bancária.
O BNA não teve sempre o mesmo entendimento sobre a ‘tomada de assalto’ do banco pelo grupo Carrinho e não fundamenta o que o fez mudar de opinião. O regulador chumbou a primeira tentativa de o grupo financiar o banco em nome do empresário Rui Campos, mas agora admite que a evolução da Carrinho para accionista do Keve está apenas dependente da avaliação da Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC) que tem em mãos o processo. “A carrinho é dona de um banco, o BCI, e, da forma como foi capitalizado o Banco Keve, existe a possibilidade de o grupo Carrinho tornar-se accionista directo desta instituição”, detalhou Pedro Castro e Silva, um dos vice-governadores do BNA, que entrou no órgão regulador pela mão de José de Lima Massano, transferido do BAI, banco que foi também liderado por longos anos pelo actual ministro de Estado para a Coordenação Económica.
O envio do processo para a Autoridade Nacional da Concorrência, segundo Castro e Silva, explica-se no facto de a Carrinho ter já o controlo completo de um outro banco, no caso o BCI. “É nesta etapa que o processo está”, garantiu, em resposta ao Valor Económico, à margem da 117ª reunião do Comité de Política Monetária (CPM).
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JLo do lado errado da história