BALANÇO. É a perda mais alta registada pela bolsa angolana nos últimos oito anos, dando sinal de interrupção no crescimento exponencial das transações. Número de negócios alcançou nível histórico, assim como as contas custódias que registaram um crescimento de 15,69%.

O volume de transacções na Bolsa de Dívida e Valores (Bodiva) reduziu 1,6 biliões de kwanzas no exercício de 2024, uma quebra de 21%, face aos 7,6 biliões movimentados no ano anterior, indicam cálculos do Valor Económico com base no dashboard de mercado disponibilizado pela instituição no seu website.

É a perda mais alta verificada na bolsa angolana desde os últimos oito anos, período em que se abriu, efectivamente, ao mercado com a divulgação de dados estatístico das transacções, e interrompeu o desempenho positivo que trazia da passagem do exercício de 2022 para 2023, período em que as transacções cresceram substancialmente para 600,13%. 

A performance decrescente foi impulsionada essencialmente pela redução de 22% das operações realizadas no ambiente bilateral, ao decaíram para os 5,3 biliões de kwanzas, menos 1,5 biliões do que o ano anterior. As operações no ambiente multilateral encolheram 11,68%, ao caírem de 814,4 mil milhões para os 719,2 mil milhões de kwanzas.

O Banco Nacional de Angola, com  vendas intermembros de 3,2 biliões e vendas intermembros de 199,6 mil milhões, mantém a liderança nas transacções, sendo o que mais anima a bolsa nos últimos dois anos. Segue-se a  correctora BFACM com compras intermembros de 2,4 biliões e vendas intermembros de 89,2 mil milhões de kwanzas. 

O total de transacções, curiosamente, reduziu em pleno período em que o número de negócios fechados na bolsa atingiu recorde, ao subir 221%. Os negócios ascenderam de 3.210 para os 10.328. 

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