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BPC não adquiriu recursos a clientes

BANCA. Maior banco comercial público respondeu, por correio electrónico, ao VALOR, sobre a compra de divisas a clientes. Instituição garante, por outro lado, ter condições para fornecer moeda externa a clientes, desde que estes cumpram exigências legais. 

BPC não adquiriu  recursos a clientes
D.R

O Banco de Poupança e Crédito (BPC) revelou que não adquiriu recursos a clientes, apesar de as empresas dos sectores petrolífero e diamantífero estarem credenciadas para negociações de divisas junto dos bancos comerciais.

Em resposta a uma solicitação do VALOR sobre a compra de divisas a clientes, a instituição avança apenas ter participado dos leilões de divisas do Banco Nacional de Angola (BNA), dos quais adquiriu, em Outubro, cerca de 4,26% da oferta total, perfazendo mais de 1,34% comparativamente a Setembro de 2020 e 2,83% face a Agosto do mesmo ano.

O BPC, no entanto, garante que está em condições de atender à solicitação de clientes no que concerne à venda de divisas, desde que estejam salvaguardadas todas as questões previstas na Lei Cambial vigente, com particular realce nos requisitos referentes à documentação necessária, exigências de compliance, disponibilidade de recursos em moeda nacional por parte do ordenador para a cobertura da operação, face à oscilação da taxa de câmbio, bem como disponibilidade de divisas pelo banco em contas domiciliadas junto dos correspondentes, quer sejam adquiridas a clientes dos sectores petrolífero e diamantífero, quer junto do Tesouro Nacional e/ou do BNA.

O maior banco comercial público faz um balanço “positivo” da actividade cambial no presente ano, na medida em que foi executada a larga maioria das operações solicitadas pelos clientes, apesar de parte ter sido executada com um esforço adicional por parte do banco em virtude de ter estado sem actuar no mercado cambial, particularmente em Abril, Maio e Julho.

De momento, avança o BPC, não há registos de volumes consideráveis de operações pendentes de liquidação, sendo as existentes decorrentes maioritariamente de situações não imputáveis ao banco, como, por exemplo, as variações diárias da taxa de câmbio, que acabam por originar insuficiência de recursos nas contas dos clientes ordenadores, levando a que as mesmas deixem de concorrer no mapa de necessidades diariamente reportado ao BNA e, por conseguinte, a impossibilidade de aquisição de recursos cambiais para a sua execução.