A agricultura, infra-estruturas logísticas, telecomunicações e tecnologias e finanças são quatro sectores elencados nas escolhas da Câmara Africana de Energia (CAE) para o recebimento da maior fatia do financiamento externo, segundo Verner Ajukegba, vice-presidente desta entidade continental em Angola.

No site da CAE, que tem como foco a captação de investimentos para a área energética em África, Verner Ajukegba lembra que a queda dos preços do petróleo, a partir de 2014, desencadeou a percepção de que o modelo económico de confiança excessiva num sector que há muito tempo tem sido a fonte de milhares de milhões de dólares para Angola e levou o país a tornar-se uma das maiores economias de África, precisava de mudar”.

No domínio financeiro e banca, por exemplo, Verner Ayukegba afirma que, depois da “turbulência que se seguiu à queda dos preços do ‘ouro negro’”, e que lançou o país para uma recessão económica, há agora “boas oportunidades”. “As regras que restringem a propriedade no sector bancário foram flexibilizadas e são susceptíveis de ver investimento no sector de bancos estrangeiros que procuram aumentar a sua influência no continente africano”, exemplificou, destacando que estes e outros sectores estarão em destaque na edição deste ano da reunião sobre o Petróleo e Gás (Angola Oil & Gas 2022).