Chevron arranca produção de 150 mil barris por dia
PETRÓLEO. Recentemente, petrolífera admitiu condicionar a concretização de novos investimentos à renegociação dos impostos com as autoridades angolanas.
A Cabinda Gulf Oil Company (CABGOC), subsidiária da petrolífera norte-americana Chevron, iniciou a produção diária de 150 mil barris de petróleo e de 350 milhões de metros cúbicos de gás natural, no projecto Mafumeira Sul, no ‘offshore’ angolano, anunciou a Sonangol.
O projecto está localizado no Bloco Zero, a 15 milhas da costa de Cabinda e a 200 pés (60 metros) de profundidade, e o petróleo produzido vai ser encaminhado para o Terminal de Malongo da companhia. O gás deverá ser transportado para a Planta de Angola, através do gasoduto do Desfiladeiro do rio Congo.
O Mafumeira Sul constitui a segunda fase de desenvolvimento no Bloco Zero, sendo que a produção antecipada do projecto começou em Outubro de 2016, através de um sistema de produção temporário. O comunicado da petrolífera pública avança que a exportação do gás pela Angola LNG e a injecção de água estão programadas para o segundo trimestre de 2017, perspectivando-se que a produção continue na sua totalidade até 2018.
Integram o Bloco Zero a Sonangol E.P., com 41%, a Cabinda Gulf Oil Company, operadora, com 39.2%, a Total (10%) e a Eni (9.8%).
Recentemente, a Chevron condicionou a realização de novos investimentos em Angola à revisão da questão fiscal com a concessionária Sonangol e com o Governo. Posição assumida pelo vice-presidente executivo da petrolífera norte-americana, James Johnsonna, em audiência concedida pelo vice-presidente da República, Manuel Vicente, a quem reafirmou, entretanto, a intenção de manter a aposta em Angola.
NAVIOS-SONDA
A Sonangol anunciou também que está a desenvolver, com parceiros internacionais, um novo modelo de negócio para rentabilizar dois navios-sonda, adquiridos pela companhia na Coreia do Sul e que entrarão em operação brevemente. “A entrada em operação dos navios-sonda far-se-á de acordo com as regras de ‘compliance’, decreto 48/06, tendo ainda subjacente um Memorando de Entendimento entre a Sonangol e as companhias operadoras internacionais, de forma a estabelecer uma tarifa diária competitiva e sustentável, indexada aos preços médios praticados no mercado internacional”, lê-se no comunicado, divulgado na semana passada.
Neste momento, está em curso a conclusão do processo de financiamento, a selecção de parceiros tecnológicos e a identificação de novas oportunidades de produção, etapas discutidas com as companhias internacionais do ramo petrolífero que operam em Angola: Esso, Chevron, BP, Eni e Total.
A aposta neste tipo de estruturas operacionais surge na sequência dos “bons resultados” atingidos no passado com a operação dos navios “Pride Africa” e “Pride Angola” que traduz a aplicação de uma “nova filosofia de desenvolvimento de conteúdo nacional, de promoção do investimento e estabelece as bases essenciais para a auto-regulação do mercado específico”.
Na semana passada, o site Macahub noticiou que a Exxon Mobile está a negociar com a Sonangol o adiantamento de 879 milhões de dólares para a sul coreana Daewo ShipBuilding & Marine Engineering libertar as duas plataformas de perfurações encomendadas pela petrolífera angolana.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...