China comprou mais de 60% do petróleo angolano
A China comprou 62,7% de todo o petróleo bruto angolano exportado directamente pela Sonangol em 2016, segundo dados da petrolífera recolhidos hoje pela Lusa.
A Sonangol comercializou directamente 203.861.738 barris de petróleo bruto, um decréscimo de 9% face a 2015, justificado pela petrolífera, no seu relatório e contas, com a baixa do preço de petróleo bruto no mercado internacional, “que favorece os grupos empreiteiros em detrimento da concessionária, à luz dos Contratos de Partilha de Produção aliado ao decréscimo de produção”.
Com a cotação do barril em queda – depois de mais de 100 dólares em 2014, chegou a tocar, no ano passado, nos 30 dólares –, as operadoras dos vários blocos têm mais direitos sobre essa produção, que, em 2016, no conjunto das várias concessões angolanas, atingiu os 630.113.030 barris, uma quebra de 3% face ao total do ano anterior.
A China manteve a liderança no destino das exportações petrolíferas angolanas, tendo comprado directamente à Sonangol mais de 127.821.300 barris de petróleo bruto, seguida da Índia, que comprou 9,8% de todo o crude da concessionária estatal.
Portugal importou 2,9% do petróleo bruto angolano e a França 1,3%, seguindo-se países como Espanha e Itália, ambos com 0,5% do total.
O resultado líquido consolidado da Sonangol em 2016 foi de 13.282 milhões de kwanzas, uma quebra de 72% face ao exercício de 2015, "como resultado de uma diminuição nos resultados financeiros e nos resultados de filiais e associadas", reconhece a petrolífera, no seu relatório e contas.
Já o EBITDA consolidado (resultado operacional isento de impostos e amortizações) atingiu, em 2016, os 525.266 milhões de kwanzas, um crescimento de 36% em termos homólogos, ainda de acordo com a Sonangol.
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