'Chouriços' e preços de banana na lista do SENRA
Por anos a fio, dedicamos o tempo necessário, neste e noutros espaços, a exigir ao Serviço Nacional de Recuperação de Activos (SENRA) a divulgação da lista dos bens que foi publicitando como sendo recuperados. Essencialmente por duas razões.
A primeira, a mais óbvia, é a obrigatoriedade da transparência. Quem se propõe a combater actos ilícitos e alegadamente ilícitos tem a obrigação ética e moral de se confundir com a mulher de César. Não lhe basta ser honesto, tem de parecer que o é. E, por força do nosso contexto histórico, parte significativa dos angolanos tinha razões de sobra para pensar que a divulgação de números megalómanos, aparentemente de forma aleatória e atabalhoada, não fazia do SENRA uma entidade honesta. Era preciso que esses valores tivessem nome e morada para que o SENRA também parecesse honesto.
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