Cinvestec recomenda inscrição do barril de petróleo nos 50 USD
ANÁLISE. Investigadores do Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíada sugerem também a criação de índices sociais que beneficiem os produtos essenciais, com “o correspondente subsídio aos seus preços grossistas e que penalizem os produtos mais luxuosos” para reduzir a pressão sobre a taxa de câmbio.
O Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíada (Cinvestec) recomenda às autoridades angolanas um conjunto de medidas para reduzir a marcha acelerada da inflação, que já é superior a 30%. Entre as recomendações destacam-se a necessidade de se “reduzir drasticamente as despesas governamentais, eliminando tanto quanto o mais possível a importação de bens e serviços pelo governo, criar reservas em dólares, junto do BNA, e incluir urgentemente na missão do BNA a defesa da estabilidade cambial”.
Os investigadores defendem ainda a aplicação imediata de “uma política de protecção da produção interna com instrumentos de mercado”, assim como “manter um crescimento moderado da massa monetária e sempre dirigido à produção, penalizando o crédito ao consumo e reduzindo o stock de crédito ao Estado, mas aumentando o crédito à produção”.
Na política cambial, o Cinvestec reitera a necessidade de definir-se o valor fixo de 50 dólares por barril de petróleo no Orçamento Geral de Estado (OGE) e o destino obrigatório dos rendimentos excedentes do Estado para a redução da dívida pública e para a criação de reservas internacionais que permitam ao BNA gerir a taxa de câmbio.
“O BNA deve, a partir de um ponto base [Índice da taxa de câmbio real efectiva (REER = 1)], defender a estabilidade cambial, não permitindo fortes oscilações, deixando a moeda deslizar na razão inversa da relação entre a nossa inflação e a inflação externa, usando as reservas internacionais para intervir no mercado cambial e impedindo flutuações acentuadas da REER”, aconselha o centro.
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