Solução passa pela estabilização económica

CMC lista “fraca cultura de poupança” nos desafios da privatização

PCA do organismo considera não haver ainda no país níveis de aforro que suportem exigência de processos de privatização. E junta, entre os desafios, a estabilidade macroeconómica como variável determinante para captar quem tem dinheiro ao programa de privatizações.

 

CMC lista “fraca cultura de poupança” nos desafios da privatização

A fraca cultura de poupança e de investimento constituem um dos desafios do processo de privatização angolano, além de que as poupanças existentes “não são suficientes para acorrer todos os desafios que um processo destes traz”.

O alerta vem do presidente do conselho de administração da Comissão do Mercado de Capitais (CMC), Mário Gavião.

O gestor defendeu hoje, 20, em Luanda, que a resolução deste desafio passa pela estabilização macroeconómica, que, no seu entender, deve ser “favorável” ao programa, lembrando que o Governo que já pôs em marcha medidas de políticas que vão assegurar a estratégia.

“E a forma de irmos, paulatinamente, resolvermos as questões dos desafios é termos uma situação macroeconómica que seja favorável. O Executivo tem estado a trabalhar nisto. Creio que as coisas estão a ser criadas. Estamos melhores hoje do que quando estávamos há um ano e, por força disso, naturalmente que as empresas também terão oportunidade de ir ao marcado e fazer captação de investimento”, disse.

Depois da estabilização macroeconómica, segue-se a a literacia financeira por parte dos investidores. Para Mário Gavião, quem for aos mercados para se financiar ou entrar no capital de qualquer organização a privatizar, tem de conhecer as condições do mercado.

“Eu diria que a estabilização macroeconómica é fundamental para que os investidores possam ir para o mercado. Por outro lado, também está a questão da literacia financeira. É importante que os investidores tenham conhecimentos sólidos ou cada vez mais crescente ao nível do mercado, saber o que é que o mercado pode oferecer e como é que eles podem participar no mercado de valores mobiliários”, lembrou o gestor.