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Comerciantes queixam-se ao governador da falta de energia

Comerciantes queixam-se ao governador  da falta de energia
D.R

Vendedores do ‘Mutundo’, tido como o maior mercado informal da zona sul, queixam-se da falta de energia da rede pública, água corrente, bem como dos “excessos” da fiscalização, além da “insistência” da concorrência em operar no exterior do mercado.

As reclamações foram apresentadas ao governador Luís Nunes, durante a visita de constatação que efectuou ao local na semana passada.

Os comerciantes, que apelam ao governador para que determine o fim da venda a escassos metros do mercado, justificam a posição face à dificuldade de acesso aos clientes, dado que boa parte opta por comprar o produto no exterior, além da diferença no pagamento das taxas para a venda.

Os operadores que actuam no exterior do mercado pagam uma taxa diária de 100 kwanzas, e os comerciantes do interior pagam 1.600 kwanzas por mês. Contas feitas, por mês, os vendedores de fora do mercado pagam 87% acima do valor pago pelos comerciantes internos. Mas, para os que defendem o fim da concorrência externa, o facto de “pagar por mês acaba por ser penoso, face à escassez de clientes”, cenário que, segundo os mesmos, “inviabiliza a poupança”.

Além da falta de energia e água, a actuação dos fiscais é um dos problemas que os comerciantes esperam ver alterado “com urgência”.

Os responsáveis pela organização diária do mercado são acusados de agressão, bem como de, nalgumas vezes, darem destino incerto às mercadorias que apreendem por falta de pagamento da taxa.

Presente no local, o administrador do Lubango, Armando Vieira, prometeu dar “respostas nos próximos dias”, às preocupações.

Em relação aos alegados excessos dos fiscais, o governante defendeu que esses profissionais têm feito apenas o seu trabalho, e que os “comerciantes é que não gostam da pressão”. Entretanto, garante averiguar as denúncias.

O mercado do Mutundo existe há 10 anos e arrecada cerca de oito milhões de kwanzas mês. Está localizado a norte da cidade do Lubango, ocupando uma área de 84 hectares. Tem a capacidade de acolher um total de 6.845 comerciantes.