Comissão Europeia clama por mais contribuição
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, deplorou a fraca participação dos Estados-membros no Fundo Fiduciário de Emergência de África fixado em mil milhões e 800 mil euros.
“Até agora, a participação dos Estados-membros apenas se estima em 175 milhões de euros neste Fundo destinado a satisfazer as necessidades do desenvolvimento nos países africanos de onde partem o maior número de migrantes”, frisou Junker momentos antes de deixar Bruxelas rumo a Abidjan, na Cote d'Ivoire.
Com efeito, o valor estimado deve servir para criar milhões de empregos para os jovens africanos desejosos de emigrar por falta de trabalho nos países de origem a fim de se exilarem na Europa, declarou o chefe duma delegação dos comissários europeus que participa na Cimeira União Europeia-União Africana, iniciada ontem em Abidjan.
O presidente da Comissão Europeia faz-se acompanhar por Federica Mogherini, alta representante da UE para a Política Externa e Segurança Comum (PESC) e de Neven Mimica, comissário encarregue do Desenvolvimento.
Em Abidjan, os dirigentes africanos e europeus vão, também, focar o regresso da escravidão à Líbia, onde a cadeia de televisão americana, CNN, revelou a existência de mercados de escravos, com jovens africanos a serem vendidos em leilão, a cerca de 20 quilómetros de Tripoli, zona controlada por milícias armadas.
A cimeira deve adoptar uma nova parceria estratégica entre a Europa e África, cujo eixo central é o futuro da juventude africana. Jean-Claude Juncker advertiu que apenas uma postura solidária dos Estados-membros pode ajudar a Europa a lhe dar com a situação dos migrantes de maneira ordeira e humana, como determinam os “valores europeus”. Juncker mostrou-se bastante agastado com a situação.
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