PETRÓLEO

Consórcio United Shine - Sonaref vai construir refinaria de Cabinda

Um consórcio constituído entre a United Shine e a Sonangol Refinação – (Sonaref) foi o vencedor do concurso público para a construção da futura refinaria de Cabinda, projectada para processar até 60 mil barris de petróleo por dia.

 

Consórcio United Shine - Sonaref vai construir refinaria de Cabinda

A informação foi adiantada pela Sonangol em comunicado, divulgada na última sexta-feira, em que explica que a Unite Shine detém 90% da participação, cabendo a outra parte à Sonaref.

A avaliação do concurso público para a construção das refinarias de Cabinda e de Lobito arrancou em Dezembro de 2017. Inicialmente, mais de 68 entidades manifestaram interesse. Deste número, 28 candidatos foram apurados para a ‘fase 1’, sete das quais foram seleccionadas na ‘fase 2’ para concorrerem ao projecto de construção da refinaria em Cabinda.

Na última fase, as entidades seleccionadas foram sujeitas à avaliação da condição jurídico-legal, competências técnicas e financeiras, através de um processo de “diligência prévia’ levado a cabo por “uma entidade independente e de reconhecida reputação internacional”, refere o comunicado da Sonangol.

Até ao momento, Cabinda conta com uma mini-refinaria, a Topping Plant - Malongo, propriedade da associação de concessionárias de Cabinda, que produz essencialmente para as operações dos seus membros. No entanto, quando a produção supera as necessidades, é libertado o excedente para o mercado.

Aguarda-se agora pela divulgação dos resultados da refinaria de Lobito, projectada para ser a maior do país com capacidade de processar 200 mil barris de crude por dia.

Em Novembro de 2017, o Presidente da República ordenou a nova administração da Sonangol a construir uma refinaria, com vista à redução das importações de combustíveis, depois da suspensão do projecto para o Lobito decidida pela direcção de Isabel dos Santos.

“O que pretendemos é que o país tenha refinaria, ou refinarias, para que a actual fase que vivemos, de importação de derivados do petróleo, seja atirada para o passado. Eu sei que é possível e que podemos, no próximo ano, em 2018, se trabalharem bem e rápido, dar pelo menos início à construção de uma refinaria para Angola”, exortou.

A posição foi transmitida por João Lourenço durante a cerimónia de tomada de posse do secretário de Estado dos Petróleos, Paulino Jerónimo, e da administração da Sonangol, liderada por Carlos Saturnino.