Crise leva lojas Beatriz Frank às franquias
Com o projecto de abertura de 50 lojas, avaliado em 5 milhões de dólares, engolido pela crise económica, a marca de roupa Beatriz Frank optou por ceder o direito de uso e distribuição dos seus produtos a interessados, com vista a fazer chegar a marca a outros pontos do país, sobretudo os que se seguem a Luanda em termos de potencial procura.
“Tenho recebido imensos pedidos de pessoas que têm intenção de comprar a marca e vender produtos. Estamos a definir a estratégia. Temos muito interesse em entrar no Huambo, Benguela e Huíla por estarmos a enviar, quase todos os dias, mercadorias para estas províncias”, avança a proprietária da marca com o mesmo nome, sublinhando que também está aberta a representantes.
As franquias começam o próximo ano juntamente com a estratégia de redução dos preços dos produtos da marca, apesar das“elevadas despesas” com a renda em estabelecimentos comerciais e alfândega, de modo a facilitar os clientes de baixa renda que tanto contestam os actuais preços.
Com o volume de negócio a rondar os 3 milhões de dólares anuais, Beatriz Frank explica que a facturação do ano passado está acima do presente porque, anteriormente, com o confinamento, “as pessoas estavam mais em casa” e apegadas às redes sociais, o que fez com que disparassem as compras online. Ainda assim, garante que a tendência não alterou muito e que grande parte das compras são realizadas na loja online, onde predominam as efectuadas a partir do exterior.
“O processo de exportação tem estado a aumentar, pela primeira vez, estamos a inverter o curso, a tirar roupa de Angola para mandar a países desenvolvidos que têm imensa oferta”, orgulha-se.
Sublinha, entretanto, alguma dificuldade com os clientes brasileiros devido à protecção à produção local. “Os clientes têm de pagar a alfândega, o valor é quase o custo da peça, leva muitos a desistirem da compra quando demandamos a estimativa do valor com o envio”, explica. Este ano, Frank estendeu as vendas a Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Noruega, além de habitualmente efectuar a França e Portugal.
BCI fica com edifício do Big One por ordem do Tribunal de...