EM CAUSA SITUAÇÃO POLÍTICA E DE SEGURANÇA

Crise no Zimbábue discutida em Luanda

Luanda acolhe hoje (21), uma cimeira da presidência (África do Sul) e da troika (Angola, Tanzânia e Zâmbia) da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), para avaliar a actual situação política e de segurança no Zimbábue.

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Angola, que preside ao órgão da SADC para Política, Defesa e Cooperação, tem mandato para encontrar mecanismos para a estabilidade naquele Estado membro da organização regional, que passa pelo diálogo e que garanta que os governos democraticamente eleitos não sejam retirados à força.

Entretanto, ficou adiado o envio previsto para hoje de militares angolanos ao Lesoto, no quadro da força da SADC para estabilização daquele país. Angola, África do Sul, Malawi, Tanzânia, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue decidiram no mês de Setembro, em Pretória, o envio de forças militares para restaurar a lei e ordem no Lesoto.

O encontro aconteceu na sequência do assassinato do tenente-general do exército, Khoantle Motsomotso, por dois oficiais do exército a 5 de Setembro. Os seus guarda-costas retaliaram, matando a tiro o brigadeiro Bulane Sechele e o coronel Tefo Hashatsi.

Segundo um documento de 12 páginas, distribuído na ocasião, os dois oficiais estavam implicados no assassinato do antigo comandante do exército, o tenente-general Maaparankoe Mahao, em Junho de 2015.

O contingente da SADC será constituído por cerca de 1.000 homens, incluindo soldados, polícias e peritos civis e o orçamento para o batalhão é de 77,7 milhões de rands (cerca de 5,5 milhões de dólares).