Cummins quer incentivos fiscais
A multinacional norte-americana Cummins, líder mundial da produção de motores diesel e soluções integradas de geração de energia, quer o apoio do Governo nas políticas fiscais e no acesso a divisas. A intenção foi manifestada pelo director-geral para a Africa Austral, Thierry Pimi, que esteve em Luanda para estreitar relações comerciais.
A empresa não se referiu aos resultados no país, mas, a nível global, estima que as receitas brutas, no ano passado, tenham atingido os 20,5 mil milhões de dólares, números que permitem a empresa continuar a apostar na presença em África e em Angola, mesmo “em circunstâncias económicas desafiantes”, como sublinha o gestor.
Thierry Pimi descarta, no entanto, a possibilidade de instalar uma unidade fabril em Angola ou em África, preferindo continuar a apostar nas vendas. O gestor condiciona qualquer investimento à presença de uma indústria do aço, fontes de energia fiáveis.
Em Angola, a empresa actua na mineração, petróleo, pescas, construção, energia, filtros para peças e prestação de serviços. Por exemplo, na mineração, dá suporte especial à mina de Catoca para manter funcionais 40 unidades de produção com motores da Cummins, mas é no domínio dos petróleos que tem maior actuação, face à presença significativa de aparelhos usados pelas companhias petrolíferas.
Nas pescas, a companhia norte-americana garante a maior parte das embarcações a circular em Angola e os seus motores, cobrindo, a partir do Lobito, toda a parte Sul. Na construção civil, 99% dos camiões chineses estão equipados com motores desta marca, bem como máquinas de Komatsu e Hitachi. Na energia, vende, desde 2016, geradores pagos em moeda nacional.
A companhia investiu 25 milhões de dólares na formação, equipamento e treino nos últimos anos, valor que pode ser duplicado ou triplicado caso prevaleça a tendência de crescimento justificado, garante Thierry Pimi.
Com mais de 90 anos de experiência em geração de energia, possui uma rede em 190 países, 48 mil funcionários, com seis mil locais de venda e assistência.
JLo do lado errado da história