Custo operacional da Angola Cables representa 60% da receita
RESULTADOS. Companhia gestora do Sistema de Cabos Submarinos do Sul do Atlântico diz que tem “grande rentabilidade”, considerando o facto de ser empresa de telecomunicações.
Os custos operacionais da Angola Cablesrepresentam 60% de toda a sua facturação, revelou o administrador executivo para a área técnica da empresa.
Ângelo Gama considera que os números representam uma “rentabilidade muito grande”, justificados pela tendência de aumento das margens do EBITA (resultados antes dos impostos) em 10%, 15%, 20%. “Estamos a chegar ao patamar dos 40%. O que significa que temos uma rentabilidade muito grande, para uma empresa do sector das telecomunicações”, afirma. “Temos uma margem de rentabilidade da empresa de 40%.
Ou seja, se facturamos 100 milhões de dólares no final do ano, 60 milhões é custo e 40 milhões é proveito”, exemplificou, apesar de não precisar a facturação da empresa dos últimos dois anos, quando questionado pelo VALOR.
Falando à margem do evento mensal da Câmara de Comércio Estados Unidos-Angola (Usacc), o First Friday, Ângelo Gama destacou ainda a contribuição da companhia para o país e o continente. “Neste encontro, vimos mostrar qual é o contributo que Angola Cables tem dado desde a sua inauguração até hoje, para a digitalização da Angola, de África e realmente o seu posicionamento no mundo. Mostramos que, nos poucos anos de vida, já fizemos muito pelo país, muito por Africa. Somos um dos principais ‘players’ na relação entre Angola e os EUA”, destacou o administrador para a área técnica.
Entre os marcos da actividade da empresa, o gestor fez valer o facto de a companhia ter ajudado na melhoria da capacidade de internet no país. “Nós melhoramos em 10 vezes mais a capacidade de internet aqui para Angola. Neste momento, as pessoas já estão habituadas a ter em casa 20 megas. Quando começámos, um mega bit por transmissão por segundo era muito dentro das casas. Então nós conseguimos melhorar em mais de 10 vezes o sinal de internet para dentro de Angola”, destacou.
Ligações internacionais
A dona do SACS – Sistema de Cabos Submarinos do Sul do Atlântico – diz ter feito outras acções de destaque, como é o caso das ligações internacionais com outras companhias no modelo Peering. “Outra coisa que fizemos, para além da capacidade e quantidade de internet, também melhorámos a qualidade da internet. Não compramos pura e simplesmente internet de fora; fazemos peering, ou seja, interligamos com os principais provedores de telecomunicações do mundo. E aí podemos escolher ou aferir a qualidade da nossa rede”, regozija o quadro da Angola Cables.
Segundo contas de Ângelo Gama, a Angola Cables dispõe de mais de duas mil ligações de peering internacionais, que permitem a companhia conceber ou provindenciar “a melhor internet aqui da Angola”.
“Em termos de África, já somos o terceiro maior o IXP. Conseguimos chegar a este patamar em Fevereiro passado”, avançou o gestor.
JLo do lado errado da história