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SOCIEDADE MINEIRA MAIS OPTIMISTA EM 2018

Descobertas de pedras especiais aumentam no Lulo

DIAMANTES. Nos primeiros três meses de 2018, foi encontrado o mesmo número de unidades raras que o primeiro semestre de 2017. Empresa continua os trabalhos para descobrir a origem destas preciosidades.

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A Sociedade Mineira do Lulo manteve, no primeiro trimestre de 2018, a tendência crescente de descoberta de diamantes especiais ao encontrar 58 pedras, o que representa um crescimento de 53% face ao mesmo período de 2017, quando foram encontradas 38.

Segundo o relatório da Lucapa Diamond Company, operadora e detentora de 40% da sociedade, entre as pedras especiais encontradas estão “dois diamantes de mais de 100 quilates (116 quilates e 103 quilates), elevando para 10 o total de diamantes desta categoria recuperados na mina desde o início da produção.

“O diamante mais valioso recuperado durante o trimestre foi uma jóia de D-cor Tipo IIa de 85 quilates, enquanto um diamante amarelo de 43 quilates foi o de maior qualidade de gema colorido recuperado até hoje”, anunciam no relatório trimestral.

A quantidade de diamantes especiais encontrados nos primeiros três meses é igual aos recuperados nos primeiros seis meses de 2017, o que permite aos parceiros acreditar que 2018 será melhor que o ano passado em termos de descobertas de diamantes especiais.

Os sinais de se estar perante uma mina valiosa começaram a ser dados ainda na fase de prospecção. No primeiro semestre de 2014, por exemplo, 50% dos diamantes descobertos tinham sido classificados como de “qualidade rara”. “Dos 12 diamantes do kimberlito recuperados até à data, seis foram confirmados como pedras de Tipo 2A. Os diamantes tipo 2A estão entre os mais raros do mundo, representando menos de 1% da produção do diamante global”, lê-se no relatório apresentado, na altura, pela Lucapa Diamond Company.

A empresa informava ainda que os geólogos internos acreditavam que estavam em presença de “uma fonte provável de diamantes aluviais de tipo 2A grandes e valiosos de até 131,4 quilates”.

Seguiram-se outras descobertas preciosas como o diamante mais valioso do país, em Fevereiro de 2016, uma pedra de 404 quilates e ainda a pedra de 227 quilates descoberta no primeiro semestre de 2017, enquanto em Setembro de 2016 foi encontrada um diamante de 172,67 quilates.

No relatório dos primeiros três meses do ano, a operadora australiana informa que a SML está a fazer um trabalho de prospecção em diversos kimberlitos com o objectivo de encontrar a origem dos diamantes raros que têm sido encontrados na produção aluvial. “Este programa de perfuração tem como objectivo identificar as fontes primárias da excepcional qualidade e tamanho dos diamantes recuperados pela SML na Lulo na produção aluvial.” Os alvos são os kimberlitos definidos após o levantamento electromagnético realizado pela sociedade no último semestre de 2017.

Aumento de vendas e produção

Por outro lado, a empresa informa que as vendas do primeiro trimestre da Sociedade Mineira do Lulo registaram, em termos de valor, um crescimento de 1% comparativamente ao período homólogo, passando de 10,7 para 10,8 milhões de dólares.

Segundo o relatório da Lucapa Diamond Company, operadora e detentora de 40% da sociedade, com as referidas vendas, terminaram o período em análise com um ‘stock’ financeiro de 13,1 milhões de dólares.

Dá conta, por outro lado, que, em termos de peso, registaram um aumento de 39% para 6,242 quilates, comparativamente aos 4,498 do mesmo período de 2017. O preço médio por quilate, entretanto, registou uma redução de 27%, passando de 2,370 para 1,731 dólares.

O ‘stock’ de diamantes também aumentou, passando para 3,047 quilates, um crescimento de 20%, face aos 2,545 dos primeiros três meses de 2017.

O projecto Lulo cobre uma área de 3.000 km2 e está localizado na bacia do rio Cuango na Lunda-Norte. Está localizado a 150 km do projecto diamantífero de Catoca e conta no seu interior com um importante campo de kimberlito identificado dentro da concessão e aluviais extensivos de diamantes. Depois de cerca de quatro anos de exploração e amostragem, a Lucapa Diamond Company iniciou, em finais de 2012, uma exploração mais crítica. Desde esta altura, foram sendo encontrados diamantes raros.

A Endiama tem 32% da Sociedade Mineira do Lulo e a Rosas e Pétalas 8%.