Deutsche Bank antevê 30 riscos
PREVISÃO. Maior banco alemão considera, em estudo, que mercados financeiros vão enfrentar 30 diversos riscos. Elenca cinco que directamente vão afectar as operações. Destaques vão para o impacto da guerra comercial, desaceleração da economia chinesa e fraca procura externa pelo crédito dos EUA.
Uma recente análise do maior banco da Alemanha, o Deutsche Bank (DB), prevê que os mercados financeiros de todo o mundo enfrentem “30 altos riscos”, dos quais se destacam um aumento do impacto da guerra comercial sobre o ambiente económico global, a desaceleração do crescimento da China e o impacto da subida dos salários prevista pela Reserva Federal dos EUA (FED).
Apresentado pelo seu economista-chefe internacional, Torsten Slok, o estudo junta ainda aos riscos as “emissões do Tesouro dos EUA e impacto nos mercados de crédito e Libor OIS (medida-chave do risco de crédito no setor bancário), além do arrefecimento da procura externa pelo dinheiro de Washington. A lista de riscos, que “estão prestes a impactar os mercados financeiros em 2019”, está disponível no site do DB e apresenta uma “imagem diversificada que reflecte a imprevisibilidade e a volatilidade do ambiente actual dos mercados globais”.
Estes receios já forçaram a maior instituição bancária alemã e da Europa a ensaiar uma possibilidade de que os resultados do comércio mundial sejam negativos, “devido à ampla gama de resultados que podem levar a diferentes respostas do FED”.
“Uma guerra comercial restringe o fluxo comercial entre os países, reduzindo a actividade económica nesses países. Uma guerra comercial é particularmente dolorosa para os países que têm uma alta participação das exportações em relação ao seu PIB, o que inclui a China e a Alemanha”, argumenta o banco. A instituição reviu o crescimento da China para 2019, perspectivando um crescimento de 6,1%, menos 0,2 pontos percentuais face à meta anterior.
A revisão esteve ainda baseada em três outros factores que pressionam a economia para baixo: o arrefecimento do mercado imobiliário; e a fraca confiança no sector privado. Já no que toca à aceleração contínua da inflação salarial, que, segundo o economista chefe do DB, “não é a tradicional inflação de preços ao consumidor, mas sim a inflação de custos”, é outro risco que cai entre os cinco primeiros da lista do banco.
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