Dívida do país acima de 70 mil milhões de dólares
O quadro macroeconómico está complicado por causa dos sucessivos empréstimos contraídos pelo Governo angolano que, somados, andam à volta de 70 mil milhões dólares. Revelou, hoje (16), a vice-ministra das Finanças no encontro de auscultação sobre o Orçamento Geral do Estado 2019.
De acordo com Aia-Eza da Silva, os sucessivos défices levaram o endividamento do país na expectativa da melhoria do quadro, mas este regista “infelizmente” mais pontos negros.
“O défice cresceu, aumentou a despesa com o serviço da dívida, incluindo salários da função pública”, e nem com o ‘esticão’ no preço do pretróleo cima dos 80 dólares o barril tem sido fácil aliviar a ‘corda’.
De 2013 a 2017 fomos tendo cada vez menos receitas dai o recurso ao crédito, conforme a governante e “a medida que formos a busca de mais financiamentos a nossa situação económica vai se tornando cada vez mais complicada”, sendo que “quem empresta fica também reticente e questiona a nossa capacidade de devolver o dinheiro e juros”.
“As taxas de juros no mercado subiram, o dinheiro tornou-se mais caro e tudo isso torna a nossa situação macroeconómica complicada”, avaliou Aia-Eza da Silva.
Na mesma ocasião, o ministro de Estado para o Desenvolvimento Económico avisou que doravante o Orçamento Geral do Estado só será validado desde que reflicta os 83 programas de acção identificados no Plano Nacional de Desenvolvimento para o quinquénio 2018- 2022. Manuel Júnior justifica que “isso é importante para tornar a acção governativa mais focada e detalhada”.
O PND 2018-2022 assenta sob sete eixos fundamentais entre os quais o desenvolvimento humano e bem- estar, desenvolvimento sustentável inclusivo, infraestruturas, boa governação reforma do Estado e descentralização, e ordenamento do território.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...