Dos edifícios em construção em Angola mais de 75% estão paralisados
Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes ao primeiro trimestre do ano em curso, mostram que no país existem 5.119 obras de edifícios, mas a esmagadora maioria, cerca de 75,19% (3.848), encontram-se paralisadas. Somente 1.271 estão em processo de construção.
Comparativamente ao trimestre homólogo, apesar de o INE fazer um levantamento mais reduzido de 3.830 obras, nota-se um aumento de 932 obras de edifícios completamente paralisadas. Entretanto, quanto aos em execução observa-se um adicional de 357 edifícios a serem erguidos.
O Inquérito Trimestral de Avanço e Acompanhamento dos Edifícios em Processo de Construção (ITAEPC) indica que 13,93% das obras paralisadas encontram-se em Cabinda, enquanto o Uíge (com 12,14%), Benguela (11,17%) e Huíla (10,84%) são as outras que contribuem para o elevado número de obras paralisadas.
Ao passo que na distribuição das obras em processo destacam-se Luanda com 30,37%, Cuanza Sul (12,27%), Bié (12,04%), Lunda Sul (11,09%) e Huambo (10,46%).
Das obras com levantamento realizado, a maioria tem como destino para residências (habitação) com 4.858, e não residenciais (constituído por indústria, comércio, hospitais, escolas, escritórios, igrejas e hotéis) com 261.
O preço médio da mão de obra para as destinadas à residência estabeleceu-se em 109,314 milhões de kwanzas, enquanto para o segmento não residencial o um custo médio fixou-se em 160,397 milhões.
Entre os materiais de construção mais utilizados para a estrutura, parede, piso e tecto destacam-se sete materiais. Na estrutura é mais usado o ferro/aço, nas paredes destaca-se o tijolo, nos pisos a cerâmica e, por último, no tecto a chapa de zinco.
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