Maioria localizados em Cabinda

Dos edifícios em construção em Angola mais de 75% estão paralisados

27 Nov. 2024 Valor Económico Breves

Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes ao primeiro trimestre do ano em curso, mostram que no país existem 5.119 obras de edifícios, mas a esmagadora maioria, cerca de 75,19% (3.848), encontram-se paralisadas. Somente 1.271 estão em processo de construção.

Dos edifícios em construção em Angola mais de 75% estão paralisados

Comparativamente ao trimestre homólogo, apesar de o INE fazer um levantamento mais reduzido de 3.830 obras, nota-se um aumento de 932 obras de edifícios completamente paralisadas. Entretanto, quanto aos em execução observa-se um adicional de 357 edifícios a serem erguidos.

O Inquérito Trimestral de Avanço e Acompanhamento dos Edifícios em Processo de Construção (ITAEPC) indica que 13,93% das obras paralisadas encontram-se em Cabinda, enquanto o Uíge (com 12,14%), Benguela (11,17%) e Huíla (10,84%) são as outras que contribuem para o elevado número de obras paralisadas.

Ao passo que na distribuição das obras em processo destacam-se Luanda com 30,37%, Cuanza Sul (12,27%), Bié (12,04%), Lunda Sul (11,09%) e Huambo (10,46%).

Das obras com levantamento realizado, a maioria tem como destino para residências (habitação) com 4.858, e não residenciais (constituído por indústria, comércio, hospitais, escolas, escritórios, igrejas e hotéis) com 261.

O preço médio da mão de obra para as destinadas à residência estabeleceu-se em 109,314 milhões de kwanzas, enquanto para o segmento não residencial o um custo médio fixou-se em 160,397 milhões. 

Entre os materiais de construção mais utilizados para a estrutura, parede, piso e tecto destacam-se sete materiais. Na estrutura é mais usado o ferro/aço, nas paredes destaca-se o tijolo, nos pisos a cerâmica e, por último, no tecto a chapa de zinco.