EDSON R. DOS SANTOS, PCA/PCE DA SOMOIL

“É importante que as empresas nacionais sejam competitivas nos seus custos”

23 Nov. 2022 Grande Entrevista

Conhece o sector petrolífero por dentro, graças aos mais de 20 anos de experiência, que lhe permitem traçar objectivos como a aposta forte na formação de quadros, investimentos em postos de abastecimento em todo o país e a dedicação às renováveis. Edson dos Santos revela que prevê investir mais de 50 milhões de dólares na produção petrolífera nos próximos cinco anos. Orgulhoso de liderar uma empresa angolana no meio de ‘tubarões’ internacionais, o líder da Somoil elogia o esforço do Governo na criação de condições para a entrada de investidores estrangeiros e afirma não recear a concorrência.

“É importante que as empresas nacionais sejam competitivas nos seus custos”

Qual tem sido o maior desafio da Somoil enquanto único operador petrolífero privado angolano no meio de ‘gigantes’ internacionais?

Os desafios são vários. A maior parte das empresas internacionais têm apoio, do que chamam de ‘casa-mãe’. Por exemplo, além da Chevron Angola, existe a Chevron América, sem falar da Chevron mundial, o mesmo acontece com a Total e todas outras operadoras. A Somoil somos nós, é o edifício que se vê aqui e isso obriga-nos a ser uma organização muito eficiente. A nossa vantagem competitiva é a eficiência e a rapidez nas tomadas de decisão. Temos muito menos burocracia que as grandes empresas e, com isso, conseguimos ser mais ágeis. Ser a única nacional orgulha-nos bastante como angolanos e vemos isso como uma oportunidade mais do que um desafio. É nossa obrigação fazer muito bem, estamos a ajudar a criar e alavancar outras empresas angolanas a fazer o mesmo.

Fazer o mesmo significa operarem?

Exactamente. Operar, porque na nossa indústria existem empresas que são puramente investidoras. A Equinor produz muito petróleo em Angola, mas não opera, é simplesmente investidora em vários blocos operados por outras empresas. A Somoil também começou assim. Aliás, parte do nosso ‘portfólio’ inclui operações de outras empresas em que também somos investidores. Nos blocos onde operamos, existem entidades que também só são investidoras, mas é importante termos empresas angolanas fortes e capazes de operar hoje e no futuro.

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