REAJUSTES À VISTA NA PETROLÍFERA PÚBLICA

Emídio Pinheiro CEO da Sonangol

O ex-presidente da comissão executiva do Banco de Fomento Angola (BFA), que saiu de Luanda em 2016 para integrar a administração do Caixa Geral de Depósitos, é apontado como o próximo presidente da comissão executiva da Sonangol.

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Enquanto se aguarda pela nomeação dos ministros do Governo de João Lourenço, antecipam-se mudanças na administração da maior empresa pública. Emídio Pinheiro, o banqueiro que liderou o BFA entre 2005 e a primeira metade de 2016, está a caminho da Sonangol para ocupar o cargo de presidente da comissão executiva da empresa, substituindo Paulino Jerónimo que, desde Junho de 2016, assume o posto.

O VALOR sabe de fontes conhecedoras do processo que o despacho de nomeação já está assinado e, a qualquer altura, o gabinete de João Lourenço deve tornar a informação pública. Desde já, fontes do VALOR asseguram que, com Emídio Pinheiro, devem entrar na Sonangol mais dois administradores, nomeadamente Ivan Almeida e Suzana Brandão de Almeida.

O primeiro é um quadro angolano do sector petrolífero, com passagem profissional pela Exxon, ao passo que a segunda é uma gestora portuguesa. Com a entrada dos três novos administradores, além do actual CEO Paulino Jerónimo, devem sair César Paxi Pedro e Jorge de Abreu, este último que sai a seu pedido. Emídio Pinheiro esteve à frente do BFA por cerca de 11 anos, tendo saído em 2016 na sequência do convite que recebeu do então presidente do português Caixa Geral de Depósitos para integrar a administração do banco.

Pinheiro acabou, entretanto, por não ficar no banco público luso, na sequência de uma polémica sobre declaração pública de patrimónios que envolveu alguns administradores do Caixa, liderados pelo então presidente António Dominguês, e o Governo português.