Emprego regista queda de 87%
TRABALHO. Dados da evolução de emprego, nos últimos quatro anos, revelam quedas sucessivas. 2014 foi o ano em que mais se criaram postos de trabalho, 306.677. E 2017 o que menos empregos gerou, registando uma queda de 87,2% em relação a 2016.
A geração de emprego, tanto no privado como no sector público, recuou mais de 87% para 20.308 postos de trabalho no ano passado, revelam dados oficiais a que o VALOR teve acesso. Os números do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), que lembram os 159.773 empregos criados em 2016, apontam o comércio, a agricultura e as pescas como os que se destacaram nos poucos postos de trabalho criados em 2017.
Arcelinda Chingala, chefe do Gabinete de Estudos e Planeamento Estatística (GEPE), do MAPTSS, reconhece que os números são “preocupantes”. E justifica a queda sucessiva da criação de emprego com os indicadores macroeconómicos “menos favoráveis”. Arcelinda Chingala acredita, no entanto, que, com as políticas públicas que estão a ser consideradas pelo Governo, “o futuro seja animador”.
Com o mercado a não absorver a mão-de-obra nova e algumas empresas a fechar, os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para uma taxa de desemprego em Angola de 20,2%, tendo em conta apenas a população activa, entre os 15 e os 64 anos.
O índice de desemprego é maior na área urbana, quase três vezes superior ao da área rural.
Em termos técnicos, é considerado desempregado quem, entre os 15 e os 64 anos de idade, tenha procurado emprego ou esteja disponível para trabalhar nos últimos sete dias anteriores a um inquérito.
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