ENDE lança campanha para recuperar 14,1 mil milhões de kwanzas
A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) lançou uma campanha de cobrança com objectivo de recuperar 14,3 mil milhões de kwanzas de divida malparada, em alguns bairros de Luanda.
A campanha arranca no dia seis e vai até 28. A urbanização Lar do Patriota, em Talatona, Luanda, vai ser a primeira a receber técnicos da ENDE, porque, de acordo com um comunicado da empresa, regista-se um elevado número de dívidas por cobrar e que têm aumentado nos últimos tempos.
A escolha do Lar do Patriota, como ponto de partida,em detrimento das demais zonas é justificada num comunicado da ENDE, a que o Valor Económico teve acesso, pelo registo do aumento rápido da dívida, avaliada em 256,6 milhões de kwanzas contraída “por fuga ao pagamento durante vários anos” por 1.657 clientes do segmento Pós-pago residentes naquela circunscrição.
A Campanha de Cobrança Massiva foi aberta em Janeiro em todo o país. Os técnicos da ENDE vão efectuar cobranças e cortes selectivos aos clientes devedores. Está prevista ainda a distribuição de cartazes, folhetos informativos, estabelecimento de negociação de dívidas e visitas de inspecção às instalações do sistema pré-pago com mais de 90 dias sem compra de energia.
A campanha vai se estender a todos os municípios e distritos controlados pelo Centro de Distribuição Kilamba Kiaxi.
O Centro de Distribuição Kilamba Kiaxi tem sob sua gestão a maior zona geográfica que abarca os territórios do Camama, Kilamba, Campus Universitário, Belas, Talatona, Kilamba Kiaxi, Benfica, Barra do Kwanza, Cabolombo, Golfe, Nova Vida, Mussulo e Ramiros, que reúnem um total de 267.804 clientes, subdivididos em 160.789 domésticos, 5.357 comércio e serviço e 160.658 clientes do Sistema Pré-pago.
No mesmo comunicado, o director do centro de distribuição do Kilamba Kiaxi, Eugénio Domingos, defende que não é “apanágio da ENDE efectuar cortes aos seus clientes, aliás, constitui nossa missão fornecer energia e sabemos que advém daqui a sustentabilidade da empresa, em particular, e do sector, no geral”.
JLo do lado errado da história