ENTRE O FRACASSO ECONÓMICO E A OPORTUNIDADE DE DEIXAR UM LEGADO
O Presidente João Lourenço completa, na próxima semana, mais concretamente a 26 de Setembro, oito anos no poder. E, antes mesmo da tomada de posse, manifestou o desejo de deixar um legado de reformador económico. Passados oito anos, é unânime que o fracasso é uma certeza.

É verdade que João Lourenço pode gabar-se de algumas feitos. Como a liberalização cambial, o relançamento das privatizações e ainda a aproximação às instituições internacionais como o FMI. Mas também é verdade é que os resultados destas realizações não só estão longe de ser positivos, como estão mais próximos do oposto.
Enquanto isso, a diversificação económica continua a ser tão ou mais urgente quanto em 1977, quando o MPLA, no seu 1º Congresso Ordinário, reconheceu a necessidade de apostar, tanto na diversificação da estrutura agrícola e industrial, bem como na das exportações como forma de diminuir o grau de dependência externa.
Naquele ano, o partido dos ‘camaradas’ traçou um objectivo trienal (78-80) onde se destacava a necessidade de “reforçar a direcção centralizada e planificada do desenvolvimento económico e social”, bem como “recuperar a produção para os níveis de 1973”. O outro objectivo era “melhorar as condições de vida do povo e elevar gradualmente o seu bem-estar”. Estes objectivos ganharam peso nos últimos oito anos.
A João Lourenço restam apenas dois anos, menos ainda se descontarmos o tempo que dedicará ao partido, de olho nas eleições de 2027. Portanto, o título de reformador, ao qual aspirava, já não está ao seu alcance.
A dívida pública, sobretudo a externa, cresceu desde 2017, aumentando a pressão sobre as contas públicas e limitando a capacidade de honrar compromissos. O desemprego mantém indicadores desfavoráveis, sobretudo entre os jovens. A promessa de melhoria nas condições de vida do povo continua distante.
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