EPAL com números no ‘vermelho’
ÁGUA. Principais indicadores assinalam desempenho negativo. Volume de negócios atingiu 1,6 mil milhões de kwanzas no primeiro trimestre do ano.
A produção de água em Luanda, no primeiro trimestre de 2018, alcançou valores de 89 milhões de metros cúbicos, registando uma queda abrupta de 43,4%, em comparação ao período homólogo em que se quedou nos 157 milhões metros cúbicos, assinala o indicador de desempenho operacional da Empresa Pública de Águas, Epal.
Concorreram para esta baixa de produção as anomalias pontuais dos equipamentos hidráulicos, avarias de órgãos de tratamento, cortes de energia nas estações tratamento de água, insuficiência de grupos geradores, inoperância de grupos de bombagem e constrangimentos pontuais na estação de bombagem do Kilamba, justifica a empresa.
A evolução da distribuição de água em Luanda conheceu uma diminuição de 44,6%, visto que, no primeiro trimestre do ano passado, alcançou 107 milhões contra os 59 milhões de metros cúbicos no mesmo período de 2018.
Do lado financeiro, a facturação no período em análise foi de 1,6 mil milhões de kwanzas, sendo que o documento não indica dados que permitam estabelecer comparações com 2017.
Deficiência do cadastro e da base de dados de clientes, número considerável de clientes bloqueados, insuficiência da distribuição de água em áreas com potencial de facturação e cobrança, morosidade no processamento de dados do sistema e a falta de contadores foram aspectos apontados para a evolução negativa da facturação em 48,6% no ano passado, ao atingir valores de 19,2 mil milhões kwanzas contra os actualmente 9,9 mil milhões de kwanzas.
Outro indicador que não fugiu à tendência foi a cobrança. No período em referência, estavam em cobrança 3,6 mil milhões de kwanzas registando uma queda de 45,3% em relação ao ano passado que teve um valor superior de 6,5 mil milhões. A deficiência da base de dados de clientes, ineficiência dos serviços de pagamento, falta de cultura de pagamento regular, irregularidade no pagamento das dívidas de instituições públicas e os riscos de crescimento de venda ilegal de água foram os factores condicionantes que aparentemente concorreram para os números negativos.
Em Luanda, a Epal possui 476 mil clientes e tem a capacidade nominal de produção estimada de 690 metros cúbicos por dia, mas a capacidade real é apenas de 540 metros cúbicos por dia, sendo que a média necessária é de um milhão de metro
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