“Estamos bastante encorajados em relação ao progresso no combate à corrupção”
Respondeu sobre as razões que motivaram as sanções contra Kopelipa e Dino, não detalhou sobre Isabel
dos Santos, e negou qualquer relação entre as referidas sanções e a extensão do contrato de exploração
da Chevron no Bloco zero. Brian Nelson não aceita também a acusação de que os Estados Unidos tenham
mais facilidade em sancionar pessoas que já não façam parte do Governo. E diz-se satisfeito com o trabalho
de Angola no âmbito do combate à corrupção.
Em uma agenda para visitar, em cinco dias, em Angola, África do Sul e República Democrática do Congo, que temas traz para este périplo?
São especificamente três questões principais que vim tratar nesta visita. A primeira tem que ver com o reforço das relações entre os dois países, no caso Angola e os Estados Unidos. Em segundo lugar, estou aqui também para reforçar o desenvolvimento económico do país. Isso tem que ver com o trabalho que realizo na minha área, que está relacionado com o combate ao branqueamento de capitais e à corrupção. É com este trabalho, com base na experiência, que Angola se vai tornar um país mais atractivo em termos de investimentos, não apenas dos Estados Unidos, mas de outros países também. Em terceiro lugar, estou aqui para manifestar o meu apoio aos esforços anticorrupção que estão a ser realizados, não apenas a nível interno mas também por Angola ao nível da região. São basicamente estes os tópicos que tive nas discussões que mantive com os líderes do sector da economia aqui do país.
Está satisfeito com as informações que recebeu? Tem alguma preocupação em particular?
Manifestei o meu apoio ao trabalho que está a ser realizado pela UIF no apoio ao combate à corrupção e ao branqueamento de capitais. Também ouvi da parte do governador do BNA sobre o trabalho de supervisão que realiza e também sobre o papel que o BNA desempenha relativamente aos esforços no combate ao branqueamento e ao financiamento ao terrorismo. Tive também a oportunidade, num encontro mantido com o Procurador-Geral da República, de saber sobre o trabalho que vêm desenvolvendo no âmbito do combate ao branqueamento de capitais e na recuperação de activos. Ao nível do Ministério das Finanças, tive a oportunidade de saber do trabalho que vem sendo realizado no campo do combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento ao terrorismo. Na reunião que mantive com o ministro de Estado para o sector Económico, uma reunião que teve a participação de todas as partes envolvidas, tive a oportunidade de ouvir da parte deles os esforços que estão a ser realizados, mais uma vez, no tocante ao combate à corrupção e ao branqueamento de capitais. É esse esforço global que está a ser realizado pelo Estado angolano no seu todo que eu acredito que venha a tornar possível criar no país um ambiente mais favorável para a vinda de mais investidores dos Estados Unidos. É um modelo que está a ser implementado noutras jurisdições e é um modelo que esperamos venha a ser implementado ao nível da região subsariana de África. Antes da minha partida, ainda vou manter um encontro com entidades do sector bancário para saber qual é o papel que desempenham no combate ao branqueamento de capitais e as medidas que tomam no combate ao financiamento ao terrorismo e também o trabalho que desenvolvem com os outros intervenientes no processo. Mas, de uma forma geral, posso dizer que tem sido uma visita bastante proveitosa.
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