CONSUMO. Apenas 12 em cada 100 angolanos têm certeza de que vão comprar uma casa nos próximos dois anos. O mesmo não se diz quanto à aquisição de carro. Apenas 1,9% declara que o vai fazer com certeza. Pessimismo das famílias angolanas sobre o cenário económico mantém-se, com sinais de agravamento.

A expectativa dos angolanos quanto ao cenário económico do país prossegue negativa desde 2019, com tendência de agravamento. A confiança dos consumidores decaiu de -3, no primeiro trimestre de 2023, para -17 nos primeiros três meses de 2024. 

Os dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram uma clara tendência de queda deste indicador, ao posicionar-se acima dos -13 registado no último trimestre do ano transacto e ao ficar muito próximo do elevado grau de pessimismo apresentado há dois anos (ver gráfico).

Contribuíram para esta expectativa negativa, segundo o INE, a “situação económica actual dos agregados e do país nos próximos 12 meses”. Mesmo assim, a instituição responsável pela estatística refere que as famílias angolanas perspectivam a “redução do nível de desemprego e uma ligeira estabilidade financeira nos próximos 12 meses”. Enquanto isso, o número de famílias que dizem, entretanto, não saber se actualmente é possível poupar dinheiro cresceu. Numa amostra de três mil, 73,6% não soube responder se vai, durante o exercício de 2024, conseguir fazer poupança. Apenas 24% respondem “sim”, enquanto 2,4% afirmaram absolutamente que “não” é possível criar poupança.

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