Exportar 1.2 milhões de metros cúbicos de madeira
MERCADOS. Aumento das exportações não-petrolíferas entre as prioridades até 2022. Madeira, café, rochas ornamentais são eleitos para alavancar as vendas no exterior.
O Governo pretende aumentar e dinamizar as exportações não-petrolíferas e perspectiva vender 1,2 milhões de metros cúbicos de madeira em cinco anos, com o fomento da criação de ‘clusters’ da silvicultura de iniciativa empresarial em províncias estratégicas.
As metas estão previstas no PROPESI que, além da criação de ‘clusters’ empresariais para aumentar as exportações madeireiras, prevê reestruturar o Instituto de Planeamento Florestal e lançar uma iniciativa de levantamento de informação de dados de procura e oferta e ainda a auscultação dos intervenientes no sector.
Pretende também o reforço do controlo para restringir a exportação informal e rever a estratégia de exploração das madeiras tendo em conta a sustentabilidade dos recursos nacionais, podendo obrigar à diversificação dos mercados de destino.
A previsão de aumento das exportações da madeira surge numa altura em que várias vozes da sociedade contestam o abate indiscriminado e ilegal de árvores por estrangeiros. Recentemente, em conferência de imprensa, o secretário de Estado para os Recursos Florestais do Ministério da Agricultura, André Moda, responsabilizou os empresários nacionais pela presença de estrangeiros na produção de madeira, mas também admitia a carência de fiscais para fazer face às irregularidades.
A exportação da madeira, entre Janeiro de 2016 a Junho de 2017, rendeu ao Estado 56,3 milhões de dólares, uma média de três milhões de dólares por mês na exportação de 280.518 toneladas de madeira.
AUMENTO PARA CIMENTO, CAFÉ E ROCHAS
No leque de produtos previstos para o aumento das exportações até 2022, o programa também prevê um aumento das exportações do cimento, café e rochas ornamentais.
No cimento, o Governo calcula que, até 2022, possam ser exportados três milhões de toneladas. Prevê-se a formalização do comércio fronteiriço derivado do excedente face ao abrandamento das construções, negociar acordos bilaterais e resolver o abastecimento de combustíveis.
Para o café, está prevista, em cinco anos, a exportação de 23.500 toneladas, enquanto para as rochas ornamentais está projectada a exportação, no mesmo período, de 285.931 metros cúbicos. Para estes objectivos, estão previstas acções como a avaliação e a implementação do programa de aumento da produção de café, que almejava produzir 30 mil toneladas de café torrado e exportação de 400 mil sacos no ano passado. O Estado prevê também a promoção do investimento estrangeiro e propor um modelo de concessão de exploração do café à semelhança do petróleo que permita, como alternativa, a recuperação dos custos de desenvolvimento.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...