Fábrica de transformação de lixo começa a operar em Maio
INDÚSTRIA. Arranque do projecto aguarda apenas pela chegada dos equipamentos do Brasil que serão instalados na ZEE. Investidor promete mil empregos e casas a 15 mil dólares.
Com um investimento estimado em 5 milhões de dólares, a empresa BTC-ECO, que actua no ramo da transformação de resíduos, espera iniciar a operar em Maio deste ano, segundo o presidente do seu conselho executivo, Sérgio Hirose, que garante ter já a certificação do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente.
A empresa espera transformar diariamente cerca de 100 toneladas de resíduos urbanos, hospitalares e industriais na Zona Económica Especial, com as quais prevê apostar na construção de pelo menos 1.200 habitações ecológicas anualmente, em Luanda.
Enquanto aguarda pela chegada das máquinas do Brasil, Sérgio Herose explica que o processo de transformação permitirá a geração de no mínimo 150 megawatts, o que dará origem à madeira biossintética, biocombustível, carvão biossintético e adubo bioorgânico, trabalho a ser assegurado por pelo menos mil funcionários.
Sobre o valor das habitações ecológicas, estima que venham a situar-se entre os 15 e os 17 mil dólares (T2), sendo que o acesso poderá ser facilitado por créditos do ‘Dubank’, cujo licenciamento se encontra, entretanto, ‘pendurado’ no BNA. “Daremos oportunidade para as pessoas realizarem o sonho da casa própria, até porque é uma questão humanitária,” promete Sérgio Hirose.
O gestor lamenta o facto de o Governo estar a “perder dinheiro com o não incentivo à transformação do lixo”, que, para si, representaria também uma “grande aposta”na diversificação da economia. Ségio Hirose nota que o mesmo caminho já foi optado por países como o Brasil, Chile, EUA e Japão, sendo que alguns destes chegam de exportar a matéria-prima.
JLo do lado errado da história