Facturação de 30 milhões de USD em tempo de crise
RESULTADOS. Empresa mantém perspectivas de crescimento e de novos investimentos, apesar do abrandamento da economia, segundo o seu presidente, Rolf Mendelsohn, em declarações exclusiva ao VALOR.
A desaceleração do mercado não vai afectar o crescimento perspetivado para o ano de 2016 da ITA- Internet Technology, empresa que actua no domínio das tecnologias de informação em Angola, há onze anos, cuja facturação, em 2015, crecseu 5% para os 30 milhões de dólares, garantiu o presidente da comissão executiva (CEO), Rolf Mendelsohn, em entrevista exclusiva ao VALOR.
A empresa possui cerca de 450 clientes, das mais diferentes áreas de negócio, desde a banca, petróleos, ONG’s, Embaixadas, empresas públicas internacionais, sendo que “o foco está essencialmente virado para um mercado empresarial altamente exigente em termos de qualidade de serviço, fiabilidade, bem como em tempo de resposta”.
No mercado desde 2005, a ITA fornece, entre outros, serviços de internet, de telefonia fixa, enquanto operador licenciado pelo ITELNET, e soluções para interligar diferentes escritórios, lojas ou parceiros, além da construção de redes intranet ou extranet privada.
Para Rolf Mendelsohn, sectores como a agricultura e a indústria mineira, que começam agora a desenvolver, são clientes que podem beneficiar de ligações fiáveis, incapazes de serem garantidas por outra operadora no mercado. “O que nos distingue é a capacidade de oferecer serviços de maior qualidade com aposta em tecnologias de ponta”, compara. Ao comentar os resultados de 2015, Mendelsohn destacou o crescimento em cerca de 5% na facturação, além de ter sido um ano dedicado ao investimento e expansão para as províncias. Incluiu também, nestes anos, o investimento de 12 milhões de dólares para a construção do edifício sede.
A ITA sente, no entanto, os efeitos da crise, já que o negócio está dependente de pagamento de serviços e mercadorias no estrangeiro. Apesar de ainda beneficiar de uma posição “confortável” em termos de stock de equipamentos, enfrenta dificuldades no pagamento de serviços como o satélite. “Esta é uma situação preocupante, mas que acreditamos que em breve estará ultrapassada.”
Noutro prisma, de modo a reduzir os custo de produção, a empresa começou a investir em energia solar para diminuir a dependência dos combustíveis, por isso conta, neste ano, iniciar a produção com vista o “ aumento da competitividade e diminuição da ‘pegada ambiental’”.
Em perspectiva, estão novos investimentos no domínio da infra-estruturas. O objectivo é aumentar a qualidade do serviço e a cobertura nas províncias do Huambo, Bíe e Cabinda.
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