EMPREENDEDORISMO. Director do Centro de Inovação Social e Incubação da Universidade Católica de Angola defende a criação de uma estratégia nacional de fomento do empreendedorismo.

Os projectos do Centro de Inovação Social e Incubação da Universidade Católica de Angola (CISIUCAN) não saem do papel por falta de financiamento e incentivos. O director Henriques Ngolome lamenta a falta de um fundo de capital somente para a transformação das ideias na fase de pré-incubação em negócios com condições mínimas de serem experimentados na realidade do mercado. A ausência de incentivos para atrair mentores, facilitadores e consultores de vários sectores para a assistência aos empreendedores e aos negócios em desenvolvimento também consta das preocupações.

“Sem financiamento não há inovação e o empreendedorismo é limitado apenas a ideias, sem realidade. Por isso, temos apelado, em alguns fóruns, para a necessidade de uma estratégia nacional a curto, médio e longo prazos da parte do Estado, através de uma lei de financiamento ao empreendedorismo e à inovação social, a partir das instituições do ensino superior”, explica Ngolome, acrescentando que “sem este mecanismo, o fomento do empreendedorismo que transforma e diversifica as economias das nações continuará a ser uma miragem para nós”. O também professor da UCAN aponta, “como claro sinal da falta de uma estratégia de fomento ao empreendedorismo”, os últimos dados mundiais do ano passado. O GEM (Global Entrepreneurship Monitor) coloca os angolanos em primeiro lugar no que diz respeito à capacidade empreendedora, ao passo que a GII (Global Innovation Index ) põe Angola no último lugar do ranking de inovação.

Idealizado em 2018 e consolidado em 2020, o CISIUCAN, a primeira incubadora entre instituições do ensino superior, conta com sete professores e mentores voluntários, especialistas em liderança, empreendedorismo e inovação social. Tem 10 pojectos ligados ao desenvolvimento sustentável que aguardam financiamento.