Falta de meios trava crescimento de agricultores
Empreendedores do ramo da agricultura, em Malanje, encontram dificuldades para aumentar a produção e, consequentemente, a renda, face à ausência de meios mecanizados e à burocracia no acesso aos poucos disponíveis.
Mariana Moita, directora provincial da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (Adra), refere que essa é das principais preocupações da sua instituição em Malanje e que limitam o alargamento das áreas dos pequenos agricultores já que, mesmo com disponibilidade financeira, têm de optar pela preparação manual.
“Existem municípios, por exemplo, como o Quela, em que há apenas um proprietário de uma máquina que nada serve para responder à demanda das famílias”, exemplifica.
O preço de aluguer dos tractores é considerado “alto”, variando entre os 80 e os 90 mil kwanzas, ainda assim, os pequenos agricultores se disponibilizam a pagar.
Mariana Moita defende que se deve facilitar o acesso ao programa governamental de entrega de meios que, como entende, “beneficia um grupo restrito de ex-militares”. Até agora, somente 10 cooperativas beneficiam dos meios, números considerados insignificantes diante das necessidades.
“O que temos estado a discutir é a facilidade nos processos de adesão às políticas. As exigências, em muitos casos, limitam a adesão porque, muitas vezes, a burocracia acaba por dificultar a aquisição de documentos por parte dos grupos”, assinala, acrescentando que o apoio do Prodesi e do Fada não tem sido suficiente para o aumento da produção.
Enquanto isso, os preços das sementes reduziram parcialmente, saindo dos 1.300 e 1.350 para os 950 kwanzas, no caso, o quilo de feijão e de amendoim. Já o de milho está a ser comercializado a 250 kwanzas e o de batata rena a mil kwanzas. Os agricultores asseguram que, para já, as chuvas irregulares não atrapalham a época agrícola.
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