Fernando Heitor considera “autoritária” a forma como PR exonera
O economista e político Fernando Heitor voltou a considerar "autoritária" a forma como o Presidente da República exonera os quadros nacionais e deu como exemplo ele próprio pela forma como saiu do Banco de Poupança e Crédito (BPC).
Fernando Heitor era administrador executivo do banco público. O político acredita que não deve ser esta a forma que se deve exonerar e gerir quadros nacionais, principalmente quando não ocupam lugares ministeriais e estando em empresas e bancos que “são mais sensíveis”.
O antigo dirigente da UNITA defende ainda que não "se pode de um dia para outro tirar uma pessoa de um banco e colocar outros que não trazem valências à instituição". “Vejam como o banco ficou depois que saímos”, desafiou exemplificando os constantes problemas enfrentados pelo BPC.
Fernando Heitor revelou também que a sua saída do BPC ainda o revolta. “Não se pode exonerar um chefe de família, um pai respeitado, uma pessoa formada assim. Para o nomear o chamas e dás os mimos e carinhos e quase o consideras um Jesus Cristo e depois para exonerar nem o chamas, nem avisas e nem dizes o porquê. Não se trata assim as pessoas”, rematou.
Fernando Heitor aconselha a que quando se tenha que exonerar que se dessem “justificações com cordialidade e elegância” e não com "autoritarismo".
O político diz também que casos como o dele são também extensivos a membros do MPLA que são nomeados num dia e passados uns tempos com culpas ou sem culpas são “pontapeados para rua”.
Na entrevista concedida a TV-Raiar pertencente à UNITA, Fernanco Heitor afirmou que nunca saiu da UNITA e que durante as eleições se sentiu convencido com o programa do MPLA, mas que hoje o programa não tem tido "reflexos". Um dos exemplos apontados por Heitor é o “nomear e exonerar sem dar cavaco nenhum”.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...