Ferrangol vai retomar exploração de ferro na Huíla
A Ferrangol, empresa estatal responsável pela exploração de ferro de Cassinga, na Huíla, está a negociar com um parceiro estrangeiro o investimento necessário à retoma da actividade, interrompida face à baixa do preço daquela matéria-prima.
A informação foi avançada pelo ministro da Geologia e Minas de Angola, Francisco Queiroz, tendo acrescentado que a produção de ferro de Cassinga, na Jamba, deverá avançar em breve. Salientou mesmo que, neste momento, o projecto está com a Ferrangol, que está a negociar com um "grande investidor de classe mundial" para o regresso à exploração.
"Cassinga já esteve numa fase boa, já chegou a empregar 1.200 pessoas, mas, infelizmente, o preço do ferro no mercado internacional baixou e os promotores do projecto começaram a ter dificuldades de manutenção do ponto de vista financeiro", disse Francisco Queiroz. Segundo o ministro, citado pela Angop, devido à conjuntura, houve necessidade de se negociar a saída desses parceiros e o Estado assumir, através da Ferrangol, o projecto.
"As negociações estão a decorrer bem, e, em breve, voltam [investidores] ao país para mais um levantamento em Cassinga", informou o ministro, manifestando esperança que o projecto arranque "dentro de pouco tempo".
O titular da pasta da Geologia e Minas referiu que as reservas de Cateruca, uma das minas do projecto integrado de Cassinga, já podem ser exploradas, augurando que o novo parceiro da Ferrangol se interesse pela mesma.
O projecto integrado de Cassinga conta com as minas de Cassinga e Cateruca, apresentando um potencial de 15 milhões de toneladas de ferro para uma década de exploração, numa ordem anual de 1,5 milhões de toneladas.
JLo do lado errado da história