FertiAngola não desiste da expansão apesar da crise
Apesar da crise financeira, a FertiAngola não desiste de implementar o seu plano de expansão para as 18 províncias, na distribuição de fertilizantes, garantiu o sócio gerente, Manuel Monteiro, ao VALOR.
Segundo o gestor, actualmente a empresa, com sede em Benguela, está representada também Huambo, Kwanza-Sul, Bengo, Huíla e Bié. A meta é atingir as 18 províncias. “Nem a crise vai travar-nos, os objectivos traçados em 2012 estão de pé”, assegurou. Manuel Monteiro não avançou, no entanto, o montante para o desafio a que se propõe devido às incertezas da situação financeira do país.
Angola não tem, por enquanto, nenhuma fábrica de fertilizantes.Importa cerca de 400 mil toneladas por ano, volume àquém das necessidades, estimadas em 900 mil toneladas/ano, de acordo com dados do Ministério da Agricultura. A FertiAngola pretende, a longo prazo, criar uma fábrica de produção de fertilizantes.
Associações de agricultores ouvidas pelo VALOR receiam que “os atrasos que se registam na importação de fertilizantes, devido à crise cambial, condicionem a produção agrícola dos grandes produtores nacionais e reduzam a disponibilidade de produtos no mercado consumidor”.
Mas o cenário de importação de sementes e fertilizantes em grande escala poderá alterar-se nos próximos meses, com os novos investimentos previstos, em particular no Zaire. Há um projecto de investimento de um consórcio marroquino e dinamarquês, para aquela província, avaliado em mais de dois mil milhões de dólares, segundo fonte do governo provincial. O projecto tem o início previsto para este ano.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...