Fornecimento de luz e água vai condicionar venda de habitações
HABITAÇÃO. Luanda, Benguela, Huíla e Namibe vão contar, em conjunto, com mais 28 mil fogos habitacionais até Junho, mas a comercialização vai esperar por água e luz.
A empresa que gere a construção e venda das centralidades e urbanizações do Estado espera concluir, até ao fim do primeiro semestre de 2016, pelo menos três urbanizações e uma centralidade em Luanda, Benguela, Huíla e Namibe, mas as vendas ficam condicionadas à conclusão das infra-estruturas externas, soube o VALOR do porta-voz da Imogestin.
Segundo Mário Guerra, o fornecimento de água potável e energia eléctrica são projectos atribuídos ao Ministério da Energia, sob coordenação do Ministério do Urbanismo e Habitação, e os dois órgãos governamentais garantiram concluí-los ao longo do segundo semestre.
Do conjunto das 28 mil novas habitações, Luanda reclama por cerca de metade (10 mil casas) e são as que se encontram em estado de execução mais avançado. Na Huíla, os oito mil apartamentos estão a ser concluídos na centralidade do Quileva, nas proximidades de Lubango. Já, em Benguela, as habitações estão repartidas entre a urbanização do Luhongo, na Catumbela, com dois fogos habitacionais, a urbanização do Lobito, com três mil casas, e a da Baía Farta, com mil, perfazendo um total de seis mil moradias. Namibe é a quarta província que vai colocar à disposição dos seus habitantes quatro mil apartamentos nas urbanizações da praia Amélia e 5 de Abril, com dois mil fogos cada uma.
Apesar da antecipada espera nas vendas, a Imogestin admite, no entanto, avançar “brevemente” com a comercialização de pelo menos 800 casas, na centralidade da Quileva, no Lubango, “uma vez que existe uma solução provisória no fornecimento de energia eléctrica e água potável”.
Luanda enfrenta dificuldades semelhantes às das outras províncias. Na urbanização Vida Pacífica, por exemplo, estão concluídos 22 edifícios que perfazem 2464 apartamentos, enquanto, na localidade do Zango 5, há disponíveis ainda oito mil fogos, também à espera de fornecimento de água e luz eléctrica.
Os critérios de venda já estão definidos, mas Mário Guerra admite ligeiros ajustes, devido à diferença do poder aquisitivo entre as províncias. “Por exemplo, Benguela terá preços mais reduzidos que Luanda, mas terá preços mais elevados que a Huíla, porque no litoral há maior poder aquisitivo”, compara.
MORADORES PAGAM
Sobre o pagamento das prestações das habitações em Luanda, o porta-voz da Imogentin explica que a maior parte dos promitentes compradores paga as casas e os valores são remetidos para o Fundo de Desenvolvimento Habitacional que pertence ao Ministério das Finanças. No entanto, há também dificuldades, sobretudo em notificar os clientes, “porque, muitas vezes, não se encontrarem em casa durante a semana e, tendo em conta que são milhares de habitações, voltar a passar no mesmo local é difícil”, confessa. “Muitas pessoas que não recebem as notificações solicitaram que estas sejam enviadas para serviços comerciais nas centralidades de Sequele e Kilamba”, esclarece Mário Guerra.
Na semana passada, a ministra do Urbanismo e Habitação, Branca do Espírito Santo, inaugurou o complexo habitacional 04 de Abril em Cabinda, com a dimensão de 36 lotes, com 90 edifícios de três pisos, num total de 800 apartamentos do tipo T4 e T3, para além de outras infraestruturas sociais. As vendas dessas habitações já estão em curso.
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