General Electric ‘de olho’ na energia
NEGÓCIOS. Multinacional norte-americana já opera em vários sectores. Novo líder da empresa, em Angola, destaca o financiamento ao país de 1,1 mil milhões de dólares em projectos energéticos.
Dos vários ramos de actuação da General Electric (GE) em Angola, o negócio com maior crescimento tem sido o da energia. Por isso, Wilson da Costa, novo presidente da GE em Angola, garante estar “atento” ao plano do Governo que projecta um crescimento da energia de 7,2 GW até 2025, que vai integrar mais gás, energias renováveis e uma geração hidroeléctrica.
Wilson da Costa aponta, como exemplo prático desta intenção, a resposta positiva da empresa a uma solicitação do Governo, em 2017, para ajudar a aumentar a produção de energia. A multinacional financiou o projecto com 1,1 mil milhões de dólares, tendo sido a primeira vez que a GE Capital financiou um projecto na África Subsaariana, que resultou na implantação de quase 400 MW de energia, instalados em menos de três meses.
“Angola constitui um mercado- -chave em crescimento, que se enquadra no quadro geral do crescimento da GE em África”, explica o representante da GE, classificando a companhia como “balcão único” para os principais sectores de desenvolvimento em Angola.
A GE trouxe ainda 100 locomotivas para Angola, cumprindo com a sua estratégia de não se concentrar nas tendências quotidianas da economia, evitando a subida e queda diária do preço do petróleo.
A GE é um conglomerado multinacional que actua na aviação, software, conexões de energia, pesquisa global, assistência médica, iluminação, petróleo e gás, energia renovável, transportes e capital, serviços financeiros, dispositivos médicos, ciências da vida, produtos farmacêuticos e indústrias automóvel e de engenharia.
A principal aposta da companhia tem sido o investimento em formação e desenvolvimento em todas as operações no país, desde transportes até energia e petróleo e gás. Além do fornecimento das 100 locomotivas, a GE fomentou a instalação e comissionamento mais de 30 turbinas de energia em todo o país, a doação de 75.mil dólares a projectos destinados à luta contra o VIH e à tuberculose e investiu de mais de cinco milhões de dólares em melhorias das instalações na base da Sonils, em Luanda.
Novo líder
Wilson da Costa é formado em engenharia mecânica pela York College of Pennsylvania e possui um MBA pela Universidade de Liverpool. Ingressou na companhia em 2011, como Country Manager (Angola) na equipe de operações comerciais. Nessa função, trabalhou na construção e desenvolvimento dos negócios em Angola. Em 2014, foi promovido líder de desenvolvimento executivo para a África Central, com foco no crescimento do mercado no Gabão, Guiné-Equatorial, Camarões, Congo, Chade, etc. Antes de ingressar na GE, foi gerente geral da Palabora Mining Company na África do Sul, uma organização gerenciada pela Rio Tinto.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...