General exige saída de Mugabe
O chefe das Forças Armadas do Zimbabwe, Constantino Chiwenga, deu 24 horas ao Presidente Robert Mugabe para que este abandone o poder, revelou ontem o site sul-africano ‘News24’ citando fontes militares em Harare.
De acordo com o mesmo site, esta tomada de posição do chefe militar surgiu na sequência de um certo desconforto provocado por recentes declarações do Presidente zimbabweano que deixavam perceber a sua intenção de indicar a esposa, Grace Mugabe, como futura candidata à liderança do seu partido, a ZANU-PF, e potencial sucessora na condução dos destinos do país- Fontes do Jornal de Angola em Harare referiram que a população foi aconselhada ontem a respeitar um recolher obrigatório que entrou em vigor a partir das 20 horas (19 em Angola), altura a partir da qual passou a ser visível a forte presença de tanques e de militares nas ruas que dão acesso à residência oficial de Robert Mugabe, no bairro de Borrowdale Brooks.
Notícias não confirmadas dão conta que Grace Mugabe havia já abandonado o Zimbabwe, enquanto o Presidente estaria sob “prisão domiciliária”. Refira-se que está marcado para Dezembro mais um congresso da ZANU-PF, durante o qual vai estar em disputa a eleição para o preenchimento de um dos postos de direcção do partido para o qual Grace Mugabe surgia como principal favorita.
Há dois dias, o chefe das Forças Armadas do Zimbabwe, Constantino Chiwenga, que estará agora por detrás desta tentativa de golpe de Estado, apelou a Robert Mugabe para que este parasse com uma alegada purga em curso no aparelho de Estado, sob pena de ser confrontado com uma reacção por parte dos militares. Ao fim da noite de ontem, um porta-voz das forças leais ao Presidente Mugabe rejeitou o ultimato e acusou o general Constantino Chiwenga de “traição” e “conduta inapropriada” na forma como se referiu ao mais alto mandatário da nação.
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