Governo aprova empréstimo para conclusão da Marginal da Corimba
O Governo aprovou a construção e conclusão das infra-estruturas da marginal da Corimba no valor de 763,6 milhões de dólares. As obras estiveram até 2019 com um consórcio ligado à empresária Isabel dos Santos.
As obras vão ser adjudicadas por ajuste directo, por razões de financiamento externo. A fiscalização vai custar 18 milhões de dólares. No despacho, não são reveladas quais as empresas que vão ficar com o projecto.
No documento, o projecto da Marginal da Corimba é considerado "de suma importância para o desenvolvimento da província de Luanda, quer seja para a melhoria do fluxo do trânsito rodoviário entre o centro e o sul da cidade, evitando os congestionamentos, como para o comércio e o turismo, uma vez tratar-se de uma zona costeira".
O projecto da Marginal da Corimba foi entregue em 2016 pelo ex-Presidente José Eduardo dos Santos a um consórcio ligado a Isabel dos Santos. Em 2019, João Lourenço anulou os contratos justificando com uma alegada sobrefacturação nos valores com "serviços onerosos para o Estado". O projecto estava avaliado em 1,3 mil milhões de dólares.
A empresa ligada a Isabel dos Santos, na altura, reagiu e classificou as afirmações “falsas e infundadas” sobre as sobrefacturações, nos contratos ou no âmbito dos trabalhos da obra de dragagens e de construção da marginal da Corimba.
A empresa considerava ainda “falsas e infundadas as acusações de práticas de imoralidade ou de falta de transparência no processo das obras de dragagens da Marginal da Corimba”.
Em Junho, em conferência de imprensa, João Lourenço revelou que o Estado economizou cerca de 380 milhões de dólares com a anulação dos dois contratos inerentes à implementação e execução do projecto da marginal da Corimba.
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