ANGOLA GROWING
BAI FINANCIA QUASE 20% DO MONTANTE

Governo aprova mais de 500 milhões USD para obras nas centralidades

INFRA-ESTRUTURAS. Banco Africano de Investimento vai financiar, pelo menos, 15 mil milhões de kwanzas, equivalente a mais de 90 milhões de dólares para obras nos projectos habitacionais sob gestão da Imogestin.

 

Mais de 500 milhões de dólares foram aprovados pelo Governo para executar obras de infra-estruturação em diferentes centros urbanos de quatro províncias, segundo cálculos do VALOR, com base em documentos oficiais. Trata-se de apetrechamento externos das centralidades erguidas em Luanda, Bengo, Benguela e Huíla.

Luanda, que tem o maior número de centralidades, deverá absorver metade do valor, enquanto as outras três províncias compartilham os restantes cerca de 250 milhões de dólares, ficando a Huíla com mais de 200 milhões de dólares, na segunda posição, atrás da capital.

As verbas para estas empreitadas foram aprovadas pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, em despachos presidenciais separados. Por exemplo, no documento número 141/17, o chefe do Executivo autoriza o Ministério das Finanças a celebrar um acordo com o Banco Angolano de Investimentos (BAI) de financiamento de 15 mil milhões de kwanzas, equivalente a 90,4 milhões de dólares para diferentes obras.

Ainda no despacho 141/17, lê-se que o montante, resultante do acordo com o BAI, deverá servir para a construção e fiscalização de infra-estruturas internas e externas de centralidades sob gestão da imobiliária Imogestin, bem como para a construção de habitações de projectos que ainda não arrancaram.

Para obras de infra-estruturação externa da centralidade do Zango em Luanda, o Presidente José Eduardo autoriza, em outro despacho, um montante de 38,3 milhões de dólares, enquanto para o mesmo tipo de obra na centralidade do ‘Quilómetro 44’, também em Luanda, foi autorizado um valor de 1,1 mil milhões de kwanzas, o que equivale a sete milhões de dólares.

Ainda para a capital do país, o Governo aprovou um contrato de construção de infra-estruturas integradas da urbanização Lar do Patriota (fase 2) de outras zonas de Luanda, no valor de 101,6 milhões de dólares, sendo, que no mesmo documento, lê-se a aprovação de mais 506,1 milhões de kwanzas, cerca de três milhões de dólares para pagamento de serviços de fiscalização das referidas obras.

A seguir a Luanda, a Huíla aparece como a segunda maior consumidora do ‘bolo’ de mais de 500 milhões de dólares, com um total de mais 217 milhões de dólares. 212,6 milhões de dólares vão servir, segundo o despacho número 151/17, para a construção de infra-estruturas integradas da cidade de Lubango, enquanto os restantes 5,3 milhões de dólares servirão para o contrato de fiscalização das obras.

Em Benguela, a centralidade da Baía Farta foi a que mereceu a atenção, tendo absorvido mais de dois mil milhões de dólares, cerca de 12 milhões de kwanzas, para empreitadas de infra-estruturação externa, enquanto a urbanização de Capari, no Bengo, mereceu mil milhões de kwanzas (seis milhões de dólares) para obras da mesma natureza.

Vendas apenas a 6 de Julho

A Imogestin informa que o início do processo de candidaturas aos projectos habitacionais do Estado, anteriormente previsto para a última semana de Junho, foi alterado para 6 de Julho, por “razões de natureza técnica”.

Os interessados a aderirem às habitações para as urbanizações do Capari e Km 44, numa primeira fase, no segmento de venda ao público livre, deverão obter mais informações actualizadas no portal da empresa (www.imocandidaturas.co.ao).