Governo considera apoio do FMI “endividamento saudável”
O ministro das Finanças, Armando Manuel, explicou esta quinta-feira aos jornalistas que o apoio do FMI “não se trata de resgate económico, porquanto o endividamento de Angola é saudável”, sem pressões no curto prazo e o endividamento externo é mais voltado para o médio e longos prazos.
Segundo o ministro, o endividamento é voltado para o investimento, e “o investimento tem retorno no futuro, na medida que serve para criar bases para o crescimento económico e não para o consumo ou despesas correntes”.
O governante esclareceu também que o apoio é no âmbito do Programa de Financiamento Ampliado- (Extended Fund Facility - EFF). “Não se trata de uma assistência financeira, mas de uma assistência técnica”, visando conceber e implementar políticas e reformas destinadas a melhorar a estabilidade macroeconómica e financeira, nomeadamente através da disciplina fiscal e da diversificação da economia.
Armando Manuel observou, entretanto, que Angola é uma das economias da região da SADC com um nível “considerável e aceitável” de reservas internacionais líquidas, um quadro que “permite ao Executivo receber elogios da comunidade internacional”.
Lembrou que recentemente o Governo estruturou uma estratégia para saída da crise, voltada para a diversificação da economia, com o objectivo de maximizar e potenciar a economia não petrolífera, nos mais variados domínios, como agricultura, pescas, minas, turismo, com o propósito de tomar aquelas oportunidades de produção que podem ser maximizadas e elevar o nível de exportação, de modo a reduzir o peso do petróleo na balança de pagamento.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...