CONSTRUÇÃO CIVIL. Empresa investiu numa fábrica de condutas para mitigar os custos com a importação de matérias-primas.

O volume de negócios da construtora Ramos Ferreira, no país, estão estimado em 30 milhões de dólares, em 2017, uma perspectiva positiva que contraria os indicadores do ano passado. Com uma previsão inicial de 25 milhões de dólares, a carteira de negócios da empresa teve de ser revista, em 2016, para os 15 milhões de dólares, segundo a presidente da firma de origem lusa, Carla Ferreira.

Apesar do cenário adverso em Angola, a gestora da construtora afirma não ter reduzido a mão-de-obra, acrescentando que a empresa está a implementar uma estratégia de produção local de equipamentos que, utilizados nas obras, deverão permitir reduzir a dependência na importação, devendo o remanescente ser comercializado no mercado interno.

A fábrica de condutas da Ramos Ferreira está equipada com tecnologia que “assegura a produção de condutas em chapa galvanizada, em vários formatos e espessuras, conduta rectangular, perfis de ligação transversal aplicados, entre outros materiais”.

No seu relatório e contas de 2015, a construtora refere que decidiu apostar no asseguramento do seu crescimento, um desafio que deverá ser impulsionado pela continuidade da sua expansão a nível internacional, crescimento e maturação dos seus mercados estratégicos, nomeadamente Angola e Argélia, os quais representam hoje, directa e indirectamente, mais de 85% do volume de negócios.

A unidade de negócios de Angola valeu 43% da carteira de negócios do grupo em África, até 2015, representando a maior contribuição, sendo que a Argélia quedou na última posição, com 2%.

Para o triénio 2017-2019, a empresa definiu, como principal política, a adopção de acções formativas para os seus quadros para melhor responder às necessidades do mercado.

O grupo emprega actualmente, em Angola, 253 cidadãos nacionais que vêm sendo capacitados para os desafios do mercado, nos últimos sete anos. O grupo Ramos Ferreira possui intervenções nos domínios das instalações eléctricas, telecomunicações, gestão técnica centralizada, segurança, águas e saneamento e elevadores. Também é especializado nas diferentes fases da obra, projecto e consultoria, instalações e gestão e manutenção. Em termos de mercados, está presente em Portugal, Moçambique, Angola, Argélia e Emirados Árabes Unidos.