ANGOLA GROWING
AUTORIZAÇÃO DO BNA

Há 33 novas instituições financeiras não bancárias

SISTEMA FINANCEIRO. Lista actualizada de instituições financeiras acrescenta 17 novas casas de envio de remessas e 16 novas sociedades de microcrédito. Casas de remessas sobem para 25 e entidades de microcrédito passam a 26. Luanda absorve maior número de operadores autorizados.

O sistema financeiro nacional passou a contar, desde a segunda semana de Setembro, com 17 novas casas de envio de remessas e 16 novas sociedades de microcrédito, de acordo com a lista actualizada de instituições financeiras não bancárias do Banco Nacional de Angola (BNA).

No grupo das casas de remessas, estão actualmente registadas 25 entidades, nove das quais com actividades iniciadas e 16 à espera, sendo que parte das novas instituições já exercem câmbios no mercado financeiro nacional.

As sociedades de microcréditos eram apenas 10. Com a nova lista, subiram para 26, 10 das quais já têm registo concluído junto do BNA, mas apenas cinco a laborar. As 16 restantes aguardam pela conclusão do processo de registo e início de actividade, segundo a lista de 16 de Setembro disponível no site do banco central.

Das novas casas de remessas, constam a AGN Limitada, Benfica Câmbios Limitada, Universal Câmbios, Nev Câmbios, Huambo Câmbios e Tamiguel Limitada, arrumadas numa lista que congrega, ao mesmo tempo, os respectivos números de registo e sede social.

A lista reúne mais 11 novas casas: Master Cambios, com sede em Luanda, GEMS Câmbios, Eurodólar Limitada, Sumbe Câmbios, Terejoyas, Benguela Câmbios, Sancase Limitada e Platinum Limitada. O quadro de novas instituições fecha com a Expresso Limitada, Cabinda Câmbio e a Almeida Malanje, esta última já a funcionar.

Num outro quadro, estão as sociedades de microcrédito, com destaque para as novas, entre as quais, Nedcrédito, Africrédito, ClassCrédito, Multicrédito, Micorfund, Unicrédito e Money Crédito Angola. Das novas, ainda constam a Pricrédito, Kificrédito, a CrediSumbe, Naosu, Micro Oportuindades e CrediaAngola, além das Koféleféle, Angrocred e a Gingacred.

Apesar da crise de divisas, e ao contrário do que defendeu recentemente ao VALOR o presidente das casas de câmbio, Hamilton Macedo, sobre o desaparecimento de vários operadores por exclusão nos leilões do BNA, o processo de licenciamento de novas entidades prossegue.

Estão inscritas na lista de instituições financeiras não bancárias 66 casas de câmbio, 25 casas de remessas, 26 sociedades de microcréditos, duas cooperativas de crédito e 14 sociedades prestadoras de serviços de pagamento. A lista do BNA arruma também seis escritórios de representação em Angola de bancos estrangeiros, designadamente os bancos do Brasil, da China, o CommerzBank, o FirstRand Bank, o PNB Paribas e o NedBank, este último em fase de encerramento, conforme a lista do banco central.

OPERADORES AMEAÇADOS

A situação operacional de vários agentes foi posta em evidência há dois meses por Hamilton Macedo e mais um filiado na Associação das Casas de Câmbio, ao revelarem que há quase um ano que os operadores estavam fora do ciclo de leilões semanais do BNA.

Segundo Macedo, a situação obrigou a que vários operadores suspendessem o negócio e dispensassem trabalhadores, antevendo, na altura, “dias difíceis” para quem investiu. O que contrasta com o actual cenário de entrada e licenciamento de novos operadores pelo banco central.

O BNA não explica o dia, mês e ano em que as novas entidades deram entrada do processo para registo, nem observa se os processos são anteriores à entrada de Valter Filipe na gestão do banco central.

A lista apenas apresenta as denominações das empresas operadoras, sede social e o número de registo, além de breves referências sobre a situação operacional, ou seja, se já arrancou, ou se aguarda pela conclusão de registo e início de actividade.