Higino Carneiro lança candidatura à liderança do MPLA e quer acabar com a cultura do “silêncio” e da “bajulação”
O General na reserva Higino Carneiro anunciou, num vídeo bastante divulgado nas redes sociais, a intenção de se candidatar à liderança do MPLA, defendendo o fim da cultura do "silêncio" e da bajulação, e a renovação do partido.

Num vídeo de mais de oito minutos, divulgado hoje, Higino Carneiro refere que a sua decisão de se candidatar à presidência do MPLA tem como objectivo tornar o partido mais "plural e inclusivo" e valorizar "ainda mais" os militantes de base. O antigo governador de Luanda e Cuando Cubango entende que a autoridade dos militantes não pode "continuar a ser negligenciada", defendendo que "o militante deve ser um agente activo na eleição dos seus representantes nos órgãos intermédios e superiores do partido".
No vídeo, Higino Carneiro faz menção aos antigos presidentes do MPLA e da República de Angola, Agostinho Neto e José Eduardo dos Santos e os denomina “heróis”. Ressalta ainda que a formalização da sua candidatura não é movida por ambição pessoal ou conflito interno.
O manifesto surge algumas semanas depois de o Presidente da República e líder do MPLA, João Lourenço, ter rejeitado publicamente qualquer apoio a candidaturas internas à liderança do partido, numa entrevista à Televisão Pública de Angola (TPA).
Na altura, João Lourenço criticou militantes que se apresentam como "super generais" e "predestinados a ser Presidente da República", considerando que essa postura "mata a democracia interna" do MPLA.
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