Hospital Geral de Cacuaco, que custou 185 milhões de euros, não tem medicamentos nem materiais gastáveis
O hospital geral de Cacuaco, designado também como ‘Heróis do Kifangondo’, inaugurado pelo presidente da República, em Junho do presente ano, já apresenta diversas dificuldades para o normal funcionamento
De acordo com fontes hospitalares, a unidade debate-se com escassez de medicamentos como, por exemplo, soro, bem como de materiais gastáveis para os profissionais de saúde.
“O hospital fez três meses desde a inauguração e já falta de tudo. Faltam medicamentos, materiais gastáveis (de uso pessoal dos pacientes, biossegurança e papeis), tudo que se usa nas enfermarias e outros pontos. Praticamente não temos nada, usámos materiais que colocaram só para a inauguração, agora está tudo em falta”, conta uma fonte.
Entre as dificuldades, constam também a falta de realização de determinados exames, como hemogramas e falta de peliculas para impressão do exame de radiologia. A situação já se arrasta depois de um mês da inauguração e tende agravar-se.
“Tem poucos técnicos para realização de determinados tipos de exames. Não tem películas para raio X, quando se faz exame se tira foto com telemóvel e envia-se para o médico. Está uma tremenda trafulha. Até hemograma é uma luta, não conseguimos perceber porquê não se realiza,” questiona-se.
Os profissionais são obrigados a solicitar solidariedade de outras enfermarias visto que está expressamente proibido a introdução de materiais e medicamentos externos. O mesmo acontece com exames que não estão a ser realizados, existem pacientes que ficam sem fazer hemograma.
Outra questão que incomoda os profissionais da saúde e pacientes é a alimentação servida pelo hospital, classificada de péssima qualidade.
Apesar de ter uma direcção, os profissionais do hospital geral de Cacuaco estão registados como pertencentes ao Centro Especializado de Tratamento de Endemias e Pandemias (CETEP).
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