“Houve um incentivo à importação para baixar os custos da cesta básica, deixaram de comprar o pouco que já compravam da produção nacional”
Tem "total confiança" na produção e nos produtores nacionais e, por isso, não entende que os produtos da cesta básica sejam importados e que não se aposte no que é feito em Angola. Para O CEO da FTGM-Angola, esse é um erro que se repete. José Alexandre Silva alerta que há muitos alimentos a deteriorarem-se, por falta de escoamento, e que isso prejudica não só a produção, mas também os empregos. Avisa ainda que a situação está pior, sobretudo com a burocracia, e critica o silêncio dos vários actores sociais e políticos.
Produtores de algumas culturas da Reserva Estratégica Alimentar (REA) dizem que estão a ter dificuldades em escoar os produtos, devido aos preços baixos dos produtos importados. É o vosso caso?
Basicamente, os produtos, como o arroz, estão a preços mais baixos do que no mercado internacional. Quem quiser, para o ano, voltar a fazer uma cultura de milho ou de arroz (os preços dos agroquímicos estão a subir) e vender os produtos abaixo do preço do mercado internacional, não vai conseguir sequer fazer metade daquilo que conseguiu fazer este ano. E o mercado está inundado de produtos importados.
Nós, com o mercado inundado e as compras já feitas há algum tempo, não estamos a conseguir vender. Temos seis mil toneladas de arroz para vender e não conseguimos, estão nos silos.
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