Huilux e Basel aumentam produção de desinfectantes em Angola
INDÚSTRIA. Pressão da procura obriga unidades fabris a apostarem todas as fichas na produção de álcool em gel, lixívia e outros. Dificuldades na importação mantêm-se, face à morosidade na concretização de transferências para o exterior.
Com uma produção média de 90 toneladas por semana, a fábrica de produtos de desinfestação Huilux prevê aumentar “rapidamente” a produção em resultado do aumento da procura, precipitado pela pandemia do novo coronavírus.
Mário Santos, director-geral da empresa, explica que, para já, a maior dificuldade prende-se com a “morosidade” nas transferências para o pagamento de matéria-prima a fornecedores na Ásia, Europa e América do Sul, zonas que se debatem com casos elevados da covid-19 e em que se registam restrições nas importações.
Das nove dezenas de toneladas produzidas actualmente todas as semanas, destaque recai sobre a lixívia (10 toneladas/dia), álcool em gel (duas toneladas diárias), sabonete líquido bactericida (uma tonelada por dia) e duas toneladas diárias de solução alcoólica para a desinfecção das mãos. Tudo é fabricado em seis linhas de produção, preenchidas por 71 trabalhadores divididos em três turnos.
Em relação a despesas, Mário Santos calcula que a empresa tenha investido crca de 102 milhões de kwanzas, nssta fase de crise, para aquisição de matéria-prima fora e dentro do país, a exemplo do etanol comprado à Biocom, estando também, no Ministério do Comércio, facturas em licenciamento no valor de 160 mil euros.
Mário Santos assegura que a empresa tem stock para continuar a produzir nos próximos três meses e atender “imediatamente” os grandes clientes, entre os quais o Grupo Zahara, detentor dos supermercados Kero, a Maxi, e instituições do Estado, incluindo hospitais, o Sinse, o Ministério da Justiça, o Tribunal de Contas e o Ministério do Interior.
Outra fábrica , a Basel, está a transformar todas as linhas para a produção do álcool em gel, de modo a aumentar as actuais 15 toneladas, com a prevista chegada ao país de matéria-prima, de acordo com o director-geral, Paulo Gonçalves, que contabiliza em 75 toneladas a produção diária de lixívia.
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