ANGOLA GROWING
RESCISÃO DO CONTRATO OCORREU EM 2021

IGAPE não consegue receber activo de empresa incumpridora e transferi-lo para o novo dono

19 Jun. 2024 Economia / Política

PRIVATIZAÇÃO. Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado reconheceu que o Complexo Agro-Industrial de Caxito, alienado em 2020, foi para as mãos de um novo operador, mas não sabe dizer por que razão o antigo não abandona o espaço. Empresa Sanep, o novo dono, mostra-se preocupada com a degradação da infra-estrutura. 

IGAPE não consegue receber activo de empresa incumpridora e transferi-lo para o novo dono

O Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (Igape) não consegue receber, desde 2022, o complexo Agro-Industrial de Caxito da empresa Edson Drov’s, após a rescisão do contrato de alienação do activo, em Julho de 2021,  no âmbito do Propriv, por alegado incumprimento do operador privado.

O Igape chegou a realizar um novo concurso que permitiu a transferência do complexo agro-industrial para a Sociedade Angolana de Negócios e Participações (Sanep), em Fevereiro de 2022, mas a nova entidade ainda não tem na sua posse o activo, já que a Edson Drov’s não abandona o espaço.

A Edson Drov’s, registada em nome Edson Manança de Carvalho e Lizeth Sara Capali, recebeu a titularidade do complexo em Abril de 2020, depois de vencer o concurso público. Passado um ano, a empresa não havia transferido sequer um kwanza para as contas do Estado dos 550 milhões de kwanzas do valor total do contrato. Em Julho de 2021, o Estado decidiu então rescindir o contrato, decisão confirmada pelo Despacho Presidencial nº. 248/22, de 30 de Dezembro. No entanto, até ao momento, a empresa não abandona o complexo composto pelo Entreposto Frigorífico e a Fábrica de Processamento de Tomates e Banana. 

Questionada pela Sanep sobre o impasse, o Igape respondeu, em Julho de 2022, que o contrato com o grupo Sanep “é o único contrato do complexo agro-industrial de Caxito em vigor, sendo a entidade com direitos exclusivos de aquisição e entrega legalmente outorgado pelo Estado angolano”.

Para ler o artigo completo no Jornal em PDF, faça já a sua assinatura, clicando em ‘Assine já’ no canto superior direito deste site.